O pré-candidato à presidência do Barcelona, Emili Rousaud, explica que a entidade deve entrar em um círculo virtuoso, igual ao que relatou Joan Laporta nas eleições de 2003, no qual a reconstrução da primeira equipe masculina de futebol leve à reconstrução econômica do clube.
Confira abaixo alguns trechos da entrevista de Emili à 'EFE' no dia do recolhimento das assinaturas que validarão sua candidatura. Ele considerou como crucial a figura do secretário técnico para reverter a situação atual do Barça.
P: Você disse que a situação atual do Barça pode ser resolvida apenas por um empresário. Por quê?
R: Porque o problema que o clube tem agora mesmo desde o ponto de vista econômica e patrimonial é muito complexo. Devem ser renegociados uma série de gastos com entidades bancárias. Portanto, é necessário alguém com visão potente de gestão. Ainda que nossa proposta é reestruturar a primeira equipe para reestruturar a economia do clube.
P: Isso lembra o círculo virtuoso de Joan Laporte de 2003.
R: Sim, deve ser um círculo virtuoso. O pessoal fala em aumentar os ingressos graças a redes sociais ou a tecnologia. Muito bem, mas ou você tem uma equipe apaixonante ou o produto não é bom. No fim das contas, o produto é o espetáculo que podemos dar. O sócio e o torcedor querem é que joguem bem e ganhem títulos.
P: E como você conseguirá?
R: Para nós é crucial a figura do secretário técnico. Trata-se de contratar jogadores talentosos que se encaixem na maneira de jogar do Barça. E acreditamos que temos a pessoa idônea para fazer esse trabalho e encher a equipe de 'Pedris'. Convenceremos um par de jogadores de fora para que venham para essa equipe de classe mundial que é o Barça. Não pagaremos transferências porque agora é inviável para o clube, mas podemos chegar a acordos salariais atrativos com os jogadores tendo em conta que eles nos gerarão ingressos.
P: Quando o senhor entrou na diretoria em 2015 havia Messi, Neymar e Suárez. O Barça perdeu prestígio mundial e ingressos sem essas duas últimas peças?
R: Minha opinião é que mandar Luis Suárez a um rival como o Atlético de Madrid foi um erro estratégico brutal. No outro dia ele fez dois gols quando nós tivemos uma grande dificuldade para marcar. Por outro lado, Neymar é um jogador franquia. Na final de Berlim em 2015 encontrei torcedores brasileiros que não estavam ali precisamente para vê-lo jogar.