Por que Maradona e Riquelme parecem inimigos irreconciliáveis? Eles tinham tudo para ser aos olhos do mundo o mestre e o aprendiz, o camisa '10' e seu herdeiro. Mas não foi assim. Hoje, a relação entre os dois é nula.
Aconteceu há tanto tempo que muitos já se esqueceram. Inclusive parece que nunca houve uma amizade entre Maradona e Riquelme. Tudo começou com a chegada de Diego no banco da 'Albiceleste'.
Maradona se tornou o técnico da Argentina em outubro de 2008, com o objetivo de se classificar para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Sua experiência nos bancos era limitada, se não nula, mas a AFA optou pelo nome.
Maradona sucedeu Basile como treinador no meio dos rumores. Dizia-se que o mais jovem da equipe nacional queria uma mudança e que, como costumam dizer vulgarmente, fizeram a cama para 'Coco'.
Riquelme, que acabara de voltar para o Boca após sua jornada pela Europa, aparentemente se posicionou ao lado de Basile. E Maradona, para impedir que o vestiário se fragmentasse, dispensou-o.
A última vez que Riquelme usou a camisa 'Albiceleste' foi em 11 de outubro de 2008. Duas semanas depois, Maradona assumiu a Seleção. Ali aconteceu a ruptura.
Maradona, em sua partida-homenagem em La Bombonera em 2001, foi lembrado pelo modo de ter comemorado um de seus gols: tirou a camisa para mostrar que abaixo havia uma do Boca, com 10 e o nome de Riquelme.
Ninguém poderia esperar que, menos de uma década depois, aluno e professor se distanciassem a esse ponto. A exclusão da Albiceleste de Riquelme foi o primeiro desentendimento e, desde aquele distante ano de 2008, seu relacionamento só piorou, até atingir o mínimo histórico do presente.
Agora, com Maradona como treinador do Gimnasia e Riquelme como parte da nova diretoria do Boca, o confronto atingiu um novo nível, e parece completamente impossível que eles façam qualquer coisa para se reconciliarem.