O ex-jogador Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians e com uma passagem pelo Valência, afirmou nesta segunda-feira após ser liberado de um sequestro que os seus captores apontaram uma arma para a cabeça dele e o obrigaram a transferir dinheiro para eles.
A Polícia do estado de São Paulo informou em coletiva de imprensa ao lado do ex-jogador que 5 pessoas foram detidas acusadas de extorsão mediante sequestro e que Marcelinho transferiu cerca de 60 mil reais para as contas dos sequestradores.
O ex-jogador relatou que 3 indivíduos o abordaram na madrugada de sábado na zona leste da cidade de São Paulo, depois de se aproximar de carro da casa de uma amiga para entregar ingressos para um show.
"Chegaram três indivíduos e me abordaram, e aí tomei essa coronhada na minha cabeça e depois não vi mais nada. Entrei no carro e já colocaram o capuz e não vi mais nada", afirmou.
Os sequestradores o levaram, junto com a amiga, para uma casa onde o ameaçaram com uma arma, pediram a senha do celular e o forçaram a fazer transferências bancárias. "Eu não estava preocupado com o dinheiro, mas sim com a minha vida e a da minha amiga. Eu disse a eles que só queria ser solto. Não é fácil ter uma arma apontada para a cabeça o tempo todo", contou emocionado.
Os sequestradores, disse o ex-jogador, o obrigaram a gravar um vídeo que depois circulou nas redes sociais, no qual dizia que no show teve um "problema" com a amiga e que foi sequestrado pelo marido dela.
Marcelinho Carioca esclareceu na coletiva de imprensa que não tem nenhum tipo de relacionamento sentimental com a sua amiga, enquanto a polícia apontou que esse tipo de vídeos são "comuns" para despistar os investigadores.
Após receber uma denúncia anônima que apontava para uma casa onde supostamente estavam os sequestrados, os agentes foram ao local na tarde desta segunda-feira e viram duas mulheres "nervosas", até que encontraram o ex-jogador.
Como jogador, estreou em 1988 pelo Flamengo, passou depois pelo Corinthians e, em 1997, teve uma passagem breve pelo Valência. Excelente cobrador de faltas, motivo pelo qual recebeu o apelido de 'Pé de Anjo', chegou a disputar 4 jogos oficiais pela seleção brasileira, marcando dois gols.