Mário Fernandes viveu uma verdadeira montanha russa de emoções neste sábado (07), na eliminação da Rússia nos pênaltis para a Croácia.
Herói pelo gol de cabeça marcado no segundo tempo da prorrogação, que deu sobrevida aos anfitriões ao ter empatado o embate por 2 a 2 e levou a vaga para as semifinais para os pênaltis. E vilão por ter sido, ao lado de Smolov, o jogador a ter desperdiçado uma das cobranças de pênalti que impediram a classificação russa.
Do semblante eufórico, para o do sofrimento pela decepção. Mas o campeonato do lateral-direito ex-São Caetano e Grêmio teve um saldo extremamente positivo e com números que ficam na história.
Não apenas por ter sido o primeiro brasileiro naturalizado a disputar um jogo de quartas de final em Mundiais, mas principalmente por ter sido o único a fazer um gol numa fase tão avançada.
Em campo, finalizou a campanha neste Mundial como jogador que mais trocou passes por sua equipe: 190, de acordo com os números da Opta Sports. O equilíbrio entre seu desempenho defensivo e no ataque também o coloca como um dos melhores laterais desta Copa – talvez até mesmo o melhor pelo flanco direito.
Na invariável comparação com Danilo e Fagner, os laterais brasileiros neste Mundial, o orgulho de ter tido números melhores na criação de jogadas (4), assistências (1), desarmes (7) e cortes de bola (20) do que os dois laterais-direitos de Tite somados.
Contra a seleção croata, ainda que tenha falhado no lance do primeiro gol adversário – construído exatamente no espaço que deixou – e perdido um pênalti decisivo, mostrou personalidade para conduzir a Rússia. Foi quem mais tocou na bola (80), e ainda que o sabor final tenha sido amargo a sua participação na Copa do Mundo foi de bater as palmas.