No único jogo em que Mário Fernandes não foi titular, a Rússia perdeu por 3 a 0 para o Uruguai nesta Copa do Mundo. Isso já mostra o tamanho do impacto que o paulista, naturalizado russo, tem vestindo a camisa do país-sede.
O ex-jogador do Grêmio, e que desde 2012 veste as cores do CSKA de Moscou, é um dos mais participativos na seleção treinada por Stanislav Cherchesov – é o segundo que mais troca passes, um dos três com melhor desempenho defensivo e ofensivo pelos russos.
Mário já entrou para a história por causa da excelente campanha russa, a melhor desde que deixou de ser União Soviética, e também por ter alcançado uma marca curiosa: neste sábado (07), contra a Croácia, ele será o primeiro brasileiro a disputar um jogo de quartas de final por outra seleção.
O brasileiro naturalizado que chegou mais longe dentro de campo em Mundiais foi Deco, que em 2006 foi semifinalista com Portugal. Entretanto, o meio-campista não disputou a partida contra a Inglaterra, vencida nos pênaltis pelos lusos. Em 1934 Amphilóquio Guarisi (conhecido também como Filó) foi campeão pela Itália, mas não entrou em campo.
Nas oitavas de final, Deco foi um dos quatro jogadores que receberam cartão vermelho em um jogo tão emocionante quanto violento contra a Holanda. Uma partida que está na história dos Mundiais como “A Batalha de Nuremberg”.
A cena inesquecível mostra Deco ao lado do holandês Giovanni van Bronckhorst, adversário holandês e então companheiro de time no Barcelona. Após cumprir suspensão nas quartas, ele voltou para a semifinal contra a França – vencida por 1 a 0 pelos Bleus. Foi o mais longe que um brasileiro chegou dentro de campo ao representar outro país em Copas.