O Bayern de Munique era apontado como o favorito para a partida contra o Barcelona, inclusive pelas casas de apostas, mas ninguém imaginava que um resultado assim seria possível.
O jogo começou intenso dos dois lados e, em apenas 6 minutos, a disputa já tinha um gol para cada equipe. Müller abriu o placar ao receber lançamento de Perisic e tabelar com Lewandowski para mandar uma bomba no canto do gol de Ter Stegen.
A reação indicava um Barcelona impetuoso e veio com gol contra. O lance iniciou com Jordi Alba avançando pela esquerda e cruzando para Suárez. David Alaba estava no caminho e tentou fazer o corte, mas acabou desviando para dentro.
As primeiras impressões enganaram. A partir dos 10 minutos, iniciaria a soberania alemã que levaria o gigante catalão ao colapso. Com linhas avançadas, a marcação da equipe de Hans-Dieter Flick pressionou a zaga do Barcelona e gerou inúmeras falhas na saída de jogo de Ter Stegen, Piqué e companhia.
Aos 21 minutos, Sergi Roberto cochilou, Perisic recebeu de Gnabry e invadiu a área pela esquerda para bateu forte. O goleiro do Barcelona chegou a tocar na bola, mas não evitou que ela entrasse.
A pressão continuou e levou seis minutos para voltar a surtir efeito. Ao receber ótima assistência de Goretzka por cima de Lenglet, Gnabry ficou livre na cara do gol e não desperdiçou a chance de ampliar.
Apático e imerso em falhas, o Barcelona viu a bola entrar pela quarta vez logo aos 30 minutos. Müller só precisou empurrar para dentro ao receber presente de Kimmich, que pegou uma sobra de bola vinda da direita e, pela esquerda, cruzou rasteiro.
Apesar do amplo domínio alemão, o primeiro tempo terminou com posse de bola equilibrada: 53% para o Bayern e 47% para o Barcelona. No entanto, a superioridade ficava mais representada pela grande diferença na quantidade de finalizações: 13 a 3.
August 14, 2020
Com o retorno dos vestiários, o campeão da Bundesliga perdeu duas chances de ampliar e Suárez esboçou uma reação que já era mais do que improvável. O uruguaio recebeu passe vindo de Jordi Alba pela esquerda e, na entrada da área, cortou passando pela marcação de Boateng e ficou na cara do gol de Neuer para descontar.
A noite era dos alemães, inesgotáveis no ímpeto de amassar os catalães. Aos 62 minutos, foi a vez de Kimmich superar Ter Stegen. O grande mérito, no entanto, foi de Alphonso Davies, que encarou a marcação de Semedo, gingou, fintou para a linha de fundo, invadiu a área e deu assistência para a chegada do lateral-direito, que só empurrou para dentro.
Faltava algo. Faltava o gol do grande nome do Bayern de Munique, o artilheiro do ano com 13 gols nesta Champions League e incríveis 53 nos 44 jogos disputados até então em toda a temporada. Robert Lewandowski recebeu cruzamento de Coutinho, que recém havia entrado, e marcou seu 54º.
O brasileiro que substituiu Gnabry não entrou apenas para dar uma assistência contra o time que o emprestou ao Bayern. Philippe Coutinho faria a lei do ex acontecer de forma dupla. Primeiro, aos 85 minutos, quando ele recebeu livre de pela esquerda, limpou e bateu no canto de Ter Stegen. Três minutos depois, veio a assistência em cabeçada de Lucas Hernández para deixá-lo na cara do gol e mandar para a rede com facilidade.
Chegava ao fim um atropelamento que só não foi mais grave para o Barcelona porque a regra do esporte determina o fim do jogo aos 90 minutos. Abatidos, os jogadores 'culé' abandoram o gramado e a chance de dar um fim mais positivo para a má temporada. Pelo contrário, deram o pior desfecho jamais imaginado para uma campanha que acaba com um vexame histórico na principal competição.
Ainda mais favorito na briga pelo título, o Bayern de Munique agora espera o vencedor de Manchester City e Lyon, que disputam neste sábado a última vaga das semifinais da Champions League.