Alexandre Mattos está muito perto de selar a sua volta ao Cruzeiro no mercado da bola. Com acordo encaminhado, ele aguarda algumas respostas para assinar contrato e assumir a direção-executiva de futebol em 2022. A principal questão é a participação direta de Pedro Lourenço, sócio do Supermercados BH, na administração do clube.
A 'Goal' apurou que a ideia do executivo é ter Pedrinho, como o empresário é conhecido, ao seu lado na gestão do vestiário. Os dois têm boa relação fora do ambiente do esporte, e Mattos quer contar com o dono da rede de supermercados ao seu lado na rotina do futebol.
Pedro Lourenço foi fundamental para aliviar as contas do Cruzeiro em 2021. O dirigente foi o responsável por socorrer a diretoria em momentos de atrasos salariais e batalhas jurídicas na Fifa. Ele não pleiteia assumir um cargo no clube neste momento, mas pode atuar como um conselheiro direto de Mattos.
Outra preocupação de Mattos em seu retorno à Toca da Raposa II é a manutenção da folha salarial em dia e o fim da punição de transfer ban (impedimento de registro de novos atletas) na Fifa.
O acordo entre o executivo e o clube está muito perto de um desfecho positivo, com o dirigente se tornando o principal nome do esporte ao lado de Vanderlei Luxemburgo, que deve ter o seu contrato renovado nos próximos dias.
O Cruzeiro já havia dado autorização para que Pedro Mesquita, um dos líderes da XP Investimentos, fosse aos Estados Unidos, onde Alexandre Mattos reside atualmente, para conversar sobre a sua volta ao clube, o qual defendeu entre 2012 e 2014, vencendo o bicampeonato brasileiro.
Na conversa, a dupla falou sobre o plano para que o Cruzeiro se torne clube-empresa a partir de 2022 por meio da lei que permite a transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
Pedro Mesquita explicou o quanto o Cruzeiro espera arrecadar com a mudança — cerca de R$ 500 milhões logo nos primeiros meses. A empresa dele ainda será responsável por garantir os salários do dirigente em sua volta à Toca da Raposa II — Mattos receberá cerca de R$ 150 mil por mês para exercer o cargo.