Dinamarca viveu o Euro marcado pelo colapso sofrido pela sua estrela, Christian Eriksen. Apesar de isso, foi melhor que os seus rivais, ainda que tenha zero pontos. Daí que o triunfo contra a Rússia e a passagem aos oitavos seria o justo, acredita o seu capitão, Simon Kjaer.
''Depois de tudo o que passámos, creio que merecemos continuar'', afirmou na conferência de imprensa o defesa do Milan, ''confiante'' na vitória se os seus adeptos e público forem capazes de criar a mesma atmosfera do jogo contra a Bélgica.
Tanto ele como o guarda-redes Kasper Schmeichel coincidiram em qualificar o ambiente vivido há três dias no Estádio Parken como ''o mais incrível'' nas suas carreiras e esperam que aconteça o mesmo.
Schmeichel disse sentir-se ''muito agradecido e comovido'' por todas as demonstrações de apoio à equipa dinamarquesa chegadas de todo o mundo, mas tão pouco esquece a posição que a equipa ocupa.
''Estar com zero pontos é doloroso'', afirmou o guarda-redes do Leicester.
Ambos tiveram um papal de destaque quando Erikson colapsou aos 43 minutos do jogo frente à Finlândia. Kjaer ajudou a reanimar o jogador e consoloou a sua mulher, que saltou para dentro de campo, o que lhe valeu muitos elogios.
''Todos reagimos como nos pareceu mais adequado. Foi uma tarde que nunca iremos esquecer'', disse o ex jogador do Sevilla, que falou de um ''processo intenso'' para superar o trauma, para o qual os jogadores contaram com a ajuda de um psicólogo.
''Como capitão não podes ser um ator, tens que mostrar o que és. Simon mostrou a grande pessoa que é, com uma força quase sobrenatural, atreveu-se a aparecer vulnerável e sensível, a ser ele mesmo. Dinamarca não podia ter melhor capitão'', disse Schmeichel.