Em menos de um mês, saberemos quem será o campeão da Liga dos Campeões de 2019/20, após uma longa interrupção na competição pela pandemia da Covid-19. Porém, para os dois grandes craques da atualidade, esta reta final frenética pode ser de mais pavor do que felicidade.
Tanto Lionel Messi quanto Cristiano Ronaldo permanecem intactos em seus status de estrelas máximas do futebol. No entanto, suas equipes deixam muito a desejar.
Já se aproximando das retas finais de suas carreiras, os craques já conquistaram tudo ao longo de suas carreiras, mas dificilmente aumentarão suas coleções de taças no dia 23 de agosto, quando a grande final da Liga dos Campeões será disputada.
Na última temporada, ficou evidente que para que o Barcelona e a Juventus avancem na competição, Messi e Cristiano Ronaldo não decidirão tudo sozinho. Em 2019/20, ambos os clubes foram totalmente dependentes de suas estrelas, que foram chamadas várias vezes para resgatá-los de situações desconfortáveis.
Messi anotou 25 gols em LaLiga para assegurar sua quarta artilharia consecutiva na competição. Cristiano Ronaldo foi ainda mais artilheiro, estufando 31 vezes as redes adversárias e só ficou atrás de Ciro Immobile na Serie A, que fez 35 gols e ficou com a Chuteira de Ouro.
Com exceção aos craques, pouco foi mostrado por Barça e Juve para deixar os torcedores animados. O Barcelona trocou de treinador na temporada, mas de nada adiantou, já que os catalães deixaram o título espanhol escapar e viram uma enorme crise ser criada no Camp Nou.
O camisa 10 do Barcelona chegou a declarar que o time não passaria pelo Napoli se continuasse jogando do mesmo jeito como terminou a LaLiga. As outras referências do Barça pouco ajudaram otime na temporada, com discretas aparições de Luis Suárez e Antoine Griezmann.
"Tudo que a gente viveu desde janeiro tem sido muito ruim. Temos que mudar muitas coisas, na realidade. Os torcedores estão ficando sem paciência porque nós não estamos entregando nada. É normal", criticou o argentino após a derrota para o Osasuna, que deu o título para o Real Madrid.
Se Cristiano Ronaldo e a Juventus evitaram tal desastre na Itália ao obter o nono Scudetto seguido, a temporada serviu para mostrar que o time Bianconeri se aproveitou mais da ausência de rivais diretos ao título do que dos méritos do treinador Maurizio Sarri.
A Juve se beneficiou da inconsistência da Inter, uma série de lesões horríveis que frustraram a Lazio nas rodadas final e dois pênaltis para evitar a derrota para a Atalanta. Mesmo assim, eles terminaram apenas um ponto à frente dos Nerazzurri, perdendo quatro e empatando duas de suas últimas oito partidas na Serie A.
A Velha Senhora pode até ter se apegado ao título, mas foi Atalanta que se estabeleceu como o time italiano mais temido e interessante para assistir os jogos nos últimos 12 meses.
Nesse contexto, não é surpresa que os dois craques estejam sendo ligados à transferências dias antes de duelos tão decisivos. Fala-se em Messi na Internazionale e de Cristiano Ronaldo no PSG.
Barça e Juve terão tarefas nada fáceis pela frente, enfrentando Napoli e Lyon, respectivamente. Se passarem, as perspectivas não são positivas para ambos. Os catalães devem enfrentar o Bayern, considerado o grande favorito ao título europeu. Já os bianconeri podem enfrentar Real Madrid ou Manchester City, duelos muito complicados.
As aspirações da dupla de 11 Bolas de Ouro parecem ser poucas nesta retomada da Liga dos Campeões. E o ônus recai em seus clubes, que terão que segurar suas grandes estrelas e reformular o restante do elenco para que Barça e Juve tenham mais felicidade na próxima temporada.