Prestes a completar 32 anos, Messi segue como a maior esperança da Argentina sair de um jejum de títulos que dura desde 1993. Já foram nove tentativas de conquistar um troféu pela equipe principal da Albiceleste e tudo o que o craque do Barcelona conseguiu foi um somatório de decepções. E em entrevista para a Fox Sports Radio, o rosarino, presença confirmada na Copa América de 2019, reconheceu o histórico decepcionante.
“Quero terminar minha carreira com algum título pela seleção. Ou então ter tentado quanto possível”, disse. “A vida é assim, cair e levantar de novo. Lutar pelos seus sonhos”, disse. “As derrotas sempre me doeram, mas desde que o Thiago (seu filho) nasceu isso mudou: eu percebi que as prioridades são maiores do que resultados dos jogos”.
Apesar da gana para conquistar um título pela Argentina, Messi revelou que não sabe se terá condições de jogar a Copa do Mundo de 2022, no Qatar: “Eu não sei se chego até o Mundial do Qatar. Passei por várias coisas e não aconteceu. Deus vai dizer se vai ou não dar para mim. Mas faz falta. Hoje estou muito bem, bem fisicamente e tudo, mas são 32 anos e não sei como vou seguir. Muitas coisas podem pesar. Tomara que não, que eu não tenha uma lesão grave. Eu falo pela parte física, não por outra coisa”.
Em defesa de Valverde no Barça
Outro assunto abordado por Messi foi a temporada agridoce do Barça, na qual individualmente encantou com exibições espetaculares mas viu novamente o time sofrer uma eliminação traumática na Champions League. Um ano após sofrer uma virada impensável nas quartas de final para a Roma, na atual temporada os catalães foram goleados por 4 a 0 pelo Liverpool depois de terem vencido por 3 a 0 na semifinal.
O revés fez com que as críticas direcionadas ao técnico Ernesto Valverde aumentassem. O basco chegou a balançar no cargo, mas deverá seguir. E com a aprovação de Lionel Messi, que exime o comandante de culpa na derrota para os Reds – que neste sábado (1º de junho) disputarão o título com o Tottenham.
“Não imaginei nunca que poderia acontecer com a gente o que aconteceu, porque vínhamos do que aconteceu contra a Roma no ano anterior e não podíamos deixar acontecer o que aconteceu. Mas sabíamos que seria muito difícil o jogo”.
“Fisicamente eles são muito fortes, nós ficamos muito desgastados no jogo de ida e sabíamos que eles eram fisicamente superiores e fomos com o medo de sofrer rapidamente um gol. E foi o que aconteceu. Fizeram o gol e aí a nossa cabeça foi direto para Roma”.
“Eles nos superaram em vontade, em atitude. Nós cometemos erros bobos e o jogo foi uma desgraça”, avaliou.
“Até aquele jogo nós fizemos um ano espetacular, e na partida contra o Liverpool o treinador não teve culpa. Por que que jogue o que jogue, não pode deixar acontecer o que aconteceu conosco. E não foi por nenhum sistema ou nada. Nenhum de nós competiu. O treinador não tem nada a ver”.