Aos 34 anos, Miranda não pensa na possibilidade de disputar a Copa do Mundo de 2022, mas não imagina quando vai se despedir da Seleção Brasileira. Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (20), em Portugal, o zagueiro da Inter de Milão garantiu que enquanto tiver forças estará à disposição para vestir a camisa canarinho.
“Eu não penso ainda na minha despedida. Penso no meu momento e enquanto tiver condições de atuar em alto nível, vou atuar. Se eu me despedir em condição de atuar em alto nível, serei um covarde. É uma caminhada ainda longa até o próximo Mundial, há toda uma eliminatória depois da Copa América, sabemos da dificuldade e não posso deixar a Seleção na mão”, afirmou, deixando claro que o objetivo maior é a competição sul-americana.
A Seleção enfrentará Panamá (23/03) e República Tcheca (26/03) nos últimos amistosos antes da Copa América que será sediada em junho, aqui no Brasil. E pressão é o que não falta.
“Pressão para ganhar sempre existe, mas é futebol. Para ganhar tem que jogar bem, esse é o objetivo, buscar o titulo e fazer uma grande Copa América. Essa mescla com os mais jovens é justamente para suportar todos os momentos, a favor ou contra, felizes ou tristes. Nós estamos prontos e preparados para isso. Não vejo que temos que ganhar senão muda tudo, é todo um trabalho que estamos realizando. Nosso objetivo é ganhar e vamos lutar por isso”, destacou.
Perguntado sobre o interesse do Flamengo em seus serviços, o jogador preferiu não responder. “Só penso na Seleção Brasileira”, disse, reconhecendo que a atual temporada – com menos jogos disputados pela Inter – tem sido atípica em sua carreira.
“Confesso que é um momento diferente na minha carreira. Sempre fui titular indiscutível e neste ano estou jogando um pouco menos, por incrível que pareça. Aprendi a lidar com essa situação. Quando jogamos demais, não há tempo para treinar. Só recupera e joga. Estou aproveitando esse tempo para me dedicar nos treinamentos, me preparar melhor. Joguei vários jogos importantes na temporada e mostrei o nível que eu gostaria. Isso não me preocupa”.
Outros pontos da entrevista Máscara que será usada (por causa de fratura no nariz) nos amistosos
“É uma questão de adaptação. Com certeza, não vai me atrapalhar no jogo, mas se atrapalhar eu vou tirar e jogar sem máscara porque eu nasci para vencer. Quero vencer até treino”.
Manter a Seleção sem sofrer gols após o Mundial de 2018
“O principal objetivo é a vitória, mas é claro que para defensores não sofrer gols é um objetivo. Eu odeio sofrer gols, quando sofro vou para casa p*to . Esperamos começar e terminar o jogo com nosso goleiro sem sofrer gols”.
Mistura entre jovens e veteranos
“A Copa América e as eliminatórias servem para os mais experientes protegerem um pouco os mais jovens. Eles se preparam e nós recebemos toda a pressão. Não penso no Mundial (2022), penso em aproveitar todas as oportunidades que eu possa ter nesse período. Fazer meu melhor será a melhor forma de preparar a seleção brasileira para o Mundial”.
Expectativa para a Copa América
“Será um grande desafio, com nossa torcida nos apoiando desde o primeiro minuto. É muito satisfatório jogar diante da nossa torcida, nos motiva, e toda vez que jogamos com a torcida nas eliminatórias fomos superiores. Esperamos que isso siga assim”.
Questionado sobre se será o capitão contra o Panamá?
“Ainda não sei, estamos conversando. É importante exercer liderança no dia-a-dia”.