A Champions League sempre deixa histórias de superação e outras tantas bastante curiosas. O surgimento de Haaland, Gasperini e seu Atalanta... e até mesmo uma pandemia que se sobrepõe nesta temporada à próxima. E agora, a história do Rasenballsport Leipzig e Julian Nagelsmann.
Sem o atacante, Timo Werner, que voou para o Chelsea entre a final da Bundesliga e o retorno da Liga dos Campeões, os alemães conseguiram jogar o Atlético de Madrid no mar. Com ajudinha da sorte? Talvez. Mas um gol de empate não muda 90 minutos de maturidade em um ambiente absolutamente desconhecido.
Com isso ficou definida a primeira semifinal, aquela que RB Leipzig e Paris Saint-Germain jogam na próxima terça-feira, dia 18 de agosto. A do duelo entre Nagelsmann, discípulo, e Thomas Tuchel, mestre.
Com apenas 33 anos, o treinador do RB Leipzig tem o sonho de levar a sua equipe à final da Champions League. Já não é que poderia ser a primeira da sua história, mas que essa seria apenas sua segunda aparição entre as maiores equipes da Europa. Já é um marco, mas agora eles querem a glória máxima.
À frente estarão Neymar e Mbappé, liderados por Thomas Tuchel, com quem Nagelsmann se encontra dois anos depois. O último encontro foi na Alemanha, quando treinaram o Hoffenheim e o Borussia Dortmund, mas sua história já vem de longa data.
Quando se encontrarem em Lisboa, vão relembrar 2008. Na altura, Tuchel era treinador da equipe B do Augsburgo, onde comandava um jovem chamado Julian Nagelsmann que não jogava devido a uma grave lesão no menisco do joelho. E o RB Leipzig nem existia.
Para manter viva sua ilusão, Tuchel contratou o então jogador para fazer relatórios táticos de seus rivais. As lesões nunca o deixaram brilhar, mas este trabalho explorou algumas preocupações que o levaram, depois de se aposentar, para os bancos.
Lá iniciou uma carreira que com apenas 21 anos o fez direto nas categorias inferiores do 1860 Munich e dar o salto anos depois para o Hoffenheim, onde acabou dirigindo seu primeiro time, com 29, na Bundesliga. Uma trajetória meteórica com origem: Thomas Tuchel.
O resultado, uma década depois, é ter se tornado o treinador mais jovem a chegar às semifinais da Liga dos Campeões da UEFA. E quem passar vai estrear na final continental. Que viagem de Augsburg a Lisboa.