Sete temporadas no Chelsea, quase todas em alto nível, e hoje mais líder do que nunca de um grupo recheado de jovens promissores, como Tomori, Mount e Tammy Abraham. Não é para qualquer um. Ainda assim, há quem feche propositalmente os olhos para o talento de Willian.
A "perseguição" geralmente vem à tona quando um bom jogador da mesma posição vive uma fase de destaque em outro clube e, consequentemente, merece ser lembrado por Tite na seleção. Rapidamente então sobram críticas exageradas para o atacante dos blues, até mesmo quando o próprio fica fora da lista de convocados.
Aos 31 anos, Willian é acima da média. Sempre foi, aliás. Natural, no entanto, que não agrade a todos, sobretudo porque existe a preferência por B ou C. É preciso respeitar. Mas precisamos respeitar - e exaltar - também a qualidade de um atleta que poucas vezes deixou a desejar no clube inglês.
Com a saída de Hazard e privado de ver o Chelsea investir no mercado de transferências, ainda por causa do veto da Fifa, o brasileiro assumiu a camisa 10 e até o momento tem sido um dos principais destaques do time que ainda está em formação nas mãos de Frank Lampard. Jogou muito no recente clássico contra o Liverpool, apesar da derrota por 2 a 1, e garantiu a vitória por 2 a 0 em cima do Brighton & Hove Albion, no último sábado, tendo marcado o segundo gol da equipe.
Willian pode não ser um craque fora de série, mas está longe de ser um jogador qualquer. Muito, muito longe.