A Copa do Mundo de 2018 não foi nada fácil para Neymar. O craque desembarcou na Rússia com a esperança de conquistar o hexa e sair do Mundial como grande favorito a ganhar a Bola de Ouro e ser ainda maior. No entanto, ele deixou o Leste Europeu muito criticado por suas atuações, atitudes e silêncio, e menor do que chegou.
O auge das críticas aconteceu após a eliminação da Seleção Brasileira. Neymar foi criticado por seu silêncio, se recusando a falar com a imprensa; suas atitudes fora de campo; suas atuações, na maioria dos jogos, muito aquém do esperado; e seu teatro dentro de campo a cada falta que recebia.
Quando se manifestou por meio das redes sociais, as críticas aumentaram ainda mais, com muitas pessoas não gostando do discurso de que era "difícil até encontrar forças para continuar jogando futebol".
Semanas depois de tudo isso, porém, Neymar enfim encerrou seu silêncio, e após conversar com a imprensa em zonas mistas depois de eventos do seu instituto, ele falou sobre a dor da eliminação na Rússia e também sobre as críticas que recebeu.
"É difícil responder essa pergunta (qual o impacto da Copa do Mundo para ele), era um sonho. Não só meu, mas de 23 atletas, fora a comissão e milhões de brasileiros. Então a tristeza é muito grande, ninguém está mais triste do que eu e meus companheiros, mas também é o aprendizado de ter disputado mais uma Copa do Mundo e saber o quanto é difícil chegar ao seu sonho", disse à AFP.
"(Não cheguei a pensar em) Parar não, mas não queria ver bola na minha frente, não queria ver futebol, porque queria me desligar um pouco de tudo. Tive meus momentos de luto, de tristeza, de ficar eu só. Não queria ver mais ninguém", revelou.
"Mas a tristeza não pode durar mais para sempre porque tenho meu filho, minha família, meus amigos que não gostam de me ver triste. Eu tenho muito mais motivos para estar feliz do que triste", completou.
"(Risos) Isso é verdade, acho que é a primeira pessoa que faz essa pergunta e pensa no raciocínio certo (críticas mais pesadas em quem sofreu do que em quem cometeu faltas). Acho que pegaram no pé de quem sofre a falta, e não de quem faz, porque quem faz passou ileso", opinou.
"Não fui para a Copa do Mundo para ficar sofrendo falta, fui para ganhar. Meus adversários obviamente que não iriam me deixar tranquilo, não iam me deixar passar sem me tocar, sem fazer as faltas, porque eles sabem que se não fizerem as faltas eu vou parar no gol. Acho que foi exagerado sim (as críticas), mas já estou acostumado com tudo isso, já estou bem grande, já sei lidar muito bem com as críticas", concluiu.