No Botafogo, a única certeza envolvendo Saulo é que irá trabalhar muito!

Se havia um clube que estava absolutamente tranquilo em relação aos seus goleiros, no Brasil, era o Botafogo. Afinal de contas, contava com o paraguaio Gatito Fernández em fase exuberante – sendo decisivo para a conquista do estadual, nos pênaltis, sobre o Vasco – e ainda tinha o ídolo Jefferson como sombra e excelente opção caso alguma coisa acontecesse.

Este cenário mudou absolutamente depois de sábado (21), quando Jefferson sofreu um trauma no tórax e precisou ir ao hospital após choque com Lucas Paquetá, na vitória por 2 a 0 do Flamengo. O ídolo já vinha substituindo Gatito, que sofreu contusão óssea e lesão ligamentar e segue, desde abril, sem prazo de retorno.

Agora, a missão para os próximos dois jogos – contra Chapecoense e Internacional - está sob responsabilidade de Saulo. O jovem de 23 anos, tido como promissor pelo que apresentou na base, disputou 73 minutos do clássico contra o Rubro-Negro (líder neste Brasileirão) e fez duas defesas. Uma delas, após finalização de Lucas Paquetá.

“Parecer do Flavio Tênius (treinador de goleiros) é fundamental. São sempre elogios. Fiquem tranquilos que o Saulo está pronto. Já falamos disso quando o Jefferson tratava da aposentadoria”, afirmou nesta segunda-feira (23) o gerente de futebol Anderson Barros. Ou seja, de forma inesperada, Saulo recebeu uma responsabilidade gigante.

Afinal de contas, o Glorioso é justamente uma das três equipes que mais precisam de seus arqueiros na atual campanha. De acordo com números da Opta Sports, somente Atlético-PR (57) e Corinthians (64) contabilizam mais defesas de seus guardiões neste Brasileirão. Gatito, que disputou apenas dois jogos, fez 14 intervenções e Jefferson somou 34 e, com as duas de Saulo, o Alvinegro contabiliza 50.

Em busca de vitórias após duas derrotas seguidas, Saulo precisará ser fundamental nos dois jogos em que sua escalação já está garantida (dia 26, quinta-feira, contra a Chapecoense; domingo, fora de casa, diante do Inter). Com o retorno de Gatito ainda incerto e Jefferson de fora por cerca de dez dias, é o momento do menino da base mostrar por que chegou aos profissionais.