O Botafogo deixou seu torcedor animado ao acertar com o marfinense Solomon Kalou, que chega para dar mais opções ao ataque do time comandado por Paulo Autuori. Mas uma contratação vital foi o retorno de Victor Luis, que volta emprestado pelo Palmeiras até fevereiro de 2021. Além de ter alguém identificado com o clube e que mostrou qualidade em sua primeira passagem, entre 2016 e 2017, o lateral-esquerdo chega para ocupar uma das principais lacunas no elenco alvinegro de 2020.
Dentro do Glorioso, a busca por laterais, tanto direita quanto esquerda, era uma das prioridades, uma vez que as opções disponíveis não passavam tanta segurança; no flanco destro, Marcinho, em fim de contrato, ainda têm a permanência indefinida – embora tenha dados sinais de que seguirá ao menos nesta campanha - enquanto Fernando não agradou. Hoje, a posição é do uruguaio Barrandeguy e o jovem Kevin chegou para buscar seu espaço.
No lado canhoto, Danilo Barcelos chegou sob recomendação do já demitido Alberto Valentim e também não tem atuado bem. Guilherme Santos é a outra opção. Provavelmente era o ponto mais frágil na versão 2020 do Botafogo. Não mais. Pois se repetir as atuações que teve em 2016 e 2017, Victor Luís chega para resolver este problema e dar prosseguimento à bonita relação que criou com os alvinegros.
Victor chegou em um Botafogo que acabava de retornar à elite do futebol brasileiro e era visto pela maioria como candidato a um novo rebaixamento. Entretanto, revezando sua posição com o também então futuro palmeirense Diogo Barbosa – ou atuando juntos, mas com Victor sempre na lateral – aquele time treinado por Jair Ventura, surpreendeu: saiu da parte de baixo da tabela e conseguiu uma vaga na Libertadores do ano seguinte.
Na edição 2017 do principal torneio continental das Américas, Victor foi um dos destaques da equipe que empolgou o torcedor, sendo parado a duras penas pelo Grêmio, futuro campeão, nas quartas de final. Com seu mérito já provado no Brasil, o Palmeiras sabia que o jogador lhe seria útil na temporada seguinte. E foi.
Ainda que sem o protagonismo que tinha no Botafogo, o defensor foi titular na conquista do Brasileirão em 2018 – começou jogando 21 dos 22 jogos que disputou. Mas não chegou a fazer daquele campo do Allianz Parque um lugar apenas seu. Foi útil, mas não conseguiu ser indispensável como havia sido com a camisa do Botafogo – peça que usou com a assinatura do eterno Nilton Santos acima do escudo.
Considerando todas as competições disputadas por Victor, exceção feita aos estaduais, os números mostram um jogador mais decisivo com a camisa alvinegra. Pelo Botafogo foram dois gols e quatro assistências em 83 partidas, contra um tento e nenhum passe para gol em 63 participações com o Palmeiras.