A Copa e o Barça são um laço quase inquebrável. Desde o final de 2014, quando o Real Madrid galopou nas costas de Bale para uma corrida icônica contra Barta, esta competição tem um dono tirânico. Ninguém conseguiu dar-lhe um susto como este Levante. Manter as esperanças era importante, mas não definitivo.
Graças a maquiagem que foi o 2-1 com cinco minutos para o final. Coutinho anotou o gol, Denis Suarez, o resgate graças a um drible que "forçou" a Coke a cometer um pênalti. A sofrida noite azulgrana pintava com um duplo drama: uma derrota com muitas pedras na mochila para a partida da volta e mais um jogo sem marcar.
O Barcelona encalhou, mas pelo menos impediu o naufrágio. A sequela pode ser que para a volta no Camp Nou, tenha que escalar Messi ou algum peso pesado. E é melhor Valverde fazer isso...
O técnico 'culé' montou uma equipe frágil na defesa e 'desconectada' no ataque. E logo percebeu o erro. Porque em 17 minutos perdia por 2-0 e Cillessen já acumulava duas intervenções decisivas. E porque no minuto 55 já havia tirado Miranda e Chumi do campo.
Os jovens da base sentiram o peso da responsabilidade do duelo e a intensidade do Levante. Além disso, não foram os melhores escudeiros para o dia da estreia de Murillo, que alternou desatenção e algum cortes decisivos. Cabaco cabeceou sozinho em apenas quatro minutos, Boateng e Mayoral chegaram com grande facilidade para o segundo.
A esperança é a última que morre
Com Sergi Roberto em campo no segundo tempo e Lenglet logo depois, Valverde assumiu o erro de jogar seus jovens defesores aos leões. A zaga estava remendada, o ataque ainda era o de uma equipe escolar no recreio: cada um queria fazer guerra por conta própria. Especialmente quando a bola chegava em Dembélé, tão valente para assumir responsabilidades, mas tão desesperado para concluir.
Com Morales perdoando o terceiro contra Cillessen, este irreconhecível Barcelona teve que apostar em Denis Suarez, que está na rampa de saída. O jogador inventou um drible dentro da área que levou Coke a derrubá-lo. Coutinho converteu a penalidade máxima, que deixou essa sensação final de derrota no Levante e de vitória no Barça.
Virar esse resultado não entraria para a história como uma das noites mais mágicas do Camp Nou, mas ainda ficam este 2-1 e o 5-4 no ano passado como um sério aviso de Paco López, o homem que mais desconectou Ernesto Valverde até o momento.