O Bayern perde sua luz

A foto daquele garoto com luvas de goleiro e sorriso tímido é o reflexo de um homem que cumpriu o sonho de sua vida. Thomas Müller disputou contra o PSG sua última partida com o único escudo que porta em seu coração. O vazio que deixa significa que o Bayern de München perdeu sua luz.
Não se tratava de um jogador qualquer no elenco de Vincent Kompany. Aquele que estreou naquele 15 de agosto de 2008, acabou se tornando o jogador com mais partidas -756-, terceiro maior artilheiro e melhor assistente na história da equipe 'bávara'.
Apenas Gerd Müller e Robert Lewandowski superam os 250 gols de Thomas Müller com o Bayern de Munique. Suas 543 vitórias apoiam seus 33 títulos conquistados. As 13 Bundesligas, as duas Champions League (2013 e 2020) e os dois Mundiais de Clubes (2014 e 2021), os tesouros mais preciosos.
Sua campanha final na Allianz Arena demonstra o complemento perfeito que sempre foi. Aquele atacante que despontou anos atrás, descarregou seu potencial pelo lado direito até que se estabeleceu na meia-ponta. Na casa do '10', a demarcação sobre a qual sempre será lembrado.
Os gráficos de BeSoccer Pro pontuam como ele foi adaptando seu jogo ao papel de assistente com o passar do tempo. Seu rendimento em passes decisivos e entregas com sucesso à área cresceu, assim como suas recuperações no último terço, sintoma da identidade frenética do Bayern de Munique.
O destino esportivo lhe proporcionou um final não correspondido em muitos sentidos. O PSG o deixou às portas das semifinais do Mundial de Clubes 2025 em um encontro em que disputou os mesmos dez minutos - sem contar o acréscimo - que em sua estreia. O VAR lhe negou um último pênalti.
Além disso, o Bayern de Munique foi a parte da relação que decidiu separar os caminhos, ao final da temporada. Sem rancores, com todo o seu legado de lembrança e o "obrigado por tudo, Thomas" nas redes sociais, Müller empreende sua nova aventura com a MLS pressionando para desfrutar de seu futebol.