O Independiente del Valle enfrentou o Colón da Argentina em uma partida que foi parada por quase uma hora por conta da forte e chuva e se proclamou o grande campeão da Copa Sul-Americana 2019. Jorge Pinos foi o goleiro responsável por levar apenas um gol no confronto terminado em 3 a 1. Um personagem cheio de histórias.
"Uma pessoa daqui queria me levar para a Hungria em 2016. Me apresentou um contrato falso. Eu como jogador queria imigrar em busca de novos desafios e me empolguei. Quando me dei conta de que não era verdade, foi um duro golpe. Eu estava fora do país, minha família estava mal por conta do terremoto que aconteceu no Equador nesse ano e não sabia como voltar ao meu país. Estava em outro lugar, com dívidas, sem dinheiro para voltar. A embaixada me ajudou a voltar para Equador com minha família", lembrou Pinos em entrevista ao portal 'AS'.
Três anos atrás acreditou que ia jogar no futebol europeu. Foi enganado e, então, trabalhou no que pôde para conseguir dinheiro e voltar para seu país.
"Trabalhei em um circo vendendo mangas durante cinco ou seis meses. Depois de sair do circo, trabalhei na lanchonete da escola do meu filho. Não me envergonho nem me arrependo. Acredito que foi fundamental seguir em frente e lutar pelos meus sonhos. Sempre estive agarrado à benção da minha família, que sempre esteve aí e foi fundamental. Me ajudaram muito para voltar ao futebol", garantiu o goleiro do Independiente del Valle.
Pouco depois, o Técnico Universitario lhe deu uma oportunidade na Primeira Divisão do Equador. Daí, direto ao Independiente del Valle. Meses depois, se transformou no Campeão da Copa Sul-Americana.
"Chegar na Independiente foi uma das melhores notícias que recebi. Estou muito feliz de ter vindo a esta instituição. De estar sem equipe em 2016 a jogar uma Sul-Americana e ser campeão... acredito que é o melhor que pode acontecer a um jogador", reconheceu Pinos. Uma história que comove o mundo do futebol.