O Campeonato Brasileiro de pontos corridos diminui a emoção da reta final. Com praticamente tudo definido, resta uma indesejada vaga para disputar a Série B em 2020. Um único motivo para mexer com os nervos no futebol nacional.
O principal candidato a cair é um dos quatro times que jamais foram rebaixados. Vindo de quatro derrotas consecutivas, o Cruzeiro está na 17ª posição, é o primeiro da zona da degola e está a dois pontos do Ceará.
Nesta situação, a vitória é obrigação para o time de Adilson Batista e um empate dos cearenses contra o Botafogo não serve. Será necessário derrotar o Palmeiras às 16h (horário de Brasília) no Mineirão e rezar por um fracasso do único concorrente contra a queda, que enfrenta os cariocas simultaneamente.
No Mineirão, a torcida será somente do time local devido a uma determinação do Ministério Público mineiro por motivos de segurança. Enquanto o apoio será unânime dentro do estádio, haverá torcida contrária vinda de praticamente todos os outros clubes brasileiros.
Quem já caiu quer que todos os demais tenham essa experiência, enquanto são-paulinos, flamenguistas e santistas querem fazer parte de um grupo de privilegiados ainda mais seleto.
Após as demissões de Mano Menezes, Rogério Ceni e Abel Braga, Adílson Batista é o encarregado de fazer milagre. Seu retrospecto não é bom, já que ele é recordista em rebaixamentos ao lado de Gilson Kleina e Hélio dos Anjos. Cada um caiu seis vezes.
O técnico que encerra esse tipo de campanha normalmente não é o grande culpado. A troca de comando no fim do campeonato costuma fazer parte da trajetória presente na 'cartilha do rebaixamento', uma série de passos que também vêm sendo seguidos pelo time mineiro.
Após o afastamento de Thiago Neves e a grave lesão de Robinho, Adílson terá de buscar forças no elenco para fazer a sua parte e ajudar a manter o tradicional clube na lista dos que jamais viveram uma Série B.