A imagem de Julen Lopetegui no final da partida refletiu o estado do Real Madrid. Perdido, com o olhar em um lugar diferente. Ficou para ouvir as vaias dos poucos que resistiram esperando uma virada que nunca chegou. Não foi assim porque o Levante é um dos orgulhos de LaLiga e o Real, menos Real que nunca, já não é capaz de marcar com facilidade.
É verdade que ele acertou três vezes a trave do visitante, que cobrou uma infinidade de escanteios, que Oier teve uma performance fenomenal. Mas nem 1.000 desculpas devem esconder a realidade do Madrid. Os jogadores em um estado físico preocupante, os zagueiro que não defendem -Varane, com uma atuação horrível- e os atacantes não foram capazes de acabar com a maior seca de gols da história do clube. O recorde negativo foi quebrado pelo lateral Marcelo.
Grande início do Levante
O Levante sentiu o cheiro de sangue desde que entrou no avião e se aproveitou disso. Os de Paco Lopez, que já jantou Valverde e Zidane no ano passado, fez de novo com Lopetegui. Três zagueiros, velocidade nas pontas e um homem, Morales, acima do resto.
Sete minutos duraram 0-0 porque Varane falhou inexplicavelmente em uma bola de fácil e Morales se aproveitou da falha, limpou Courtois e bateu cruzado para fazer o primeiro gol do jogo.
Aos 13 minutos, Varane novamente! Desta vez colocou a mão na bola e o juiz marcou falta fora da área, depois de consultar o VAR, voltou atrás e marcou o pênalti que Roger não perdoou, apesar de Courtois quase chegar nela.
Gols anulados, bola na trave ... e uma virada que não chegou
O VAR anulou um gol de Asensio com um minuto de atraso, Lucas e Ramos avisaram; Mariano mandou no travessão. Lucas errou novamente uma bola que até você, caro leitor, faria sem dificuldades e Rochina comemorou um gol que não valeupor um milímetro de impedimento.
Após várias tentativas Real, Marcelo aproveitou uma assistência Benzema para colocar o 1-2. Faltava 18 minutos mais os acréscimos para chegar, pelo menos, o empate.
O Levante renunciou ofensivamente, prisioneiro do consaço, e deixou suas opções aos pés de um exuberante Morales. O Real tentou, mas a coisa não mudou e a cabeça de Lopetegui está a prêmio. Um Real que não Real, há uma semana do 'Clássico' e Lopetegui, possivelmente, com as horas contadas.