O PSG ganha a Liga como é óbvio a todos os seus rivais. Tudo o que não seja levantar o título por esmagamento, como voltou a ocorrer, não entrava na cabeça dos adeptos do futebol em França.
Depois de três tentativas sem sucesso, um empate no Estrasburgo e duas derrotas frente ao Lille e ao Nantes, foi o empate sem golos do segundo classificado no campo do Toulouse que os fez campeões quatro horas antes do seu encontro.
Pelo menos resta o consolo de poder festejar o título no Parque dos Princípes e num dia especial: com o regresso de Cavani e Neymar para voltar a juntar o trio, tão decisivo de novo para tornar justo este campeonato. Para além disso, poderão ainda vestir a bonita camisola em homenagem a Notre Dame depois do trágico incêndio na catedral..
Apesar dos seus erros finais, ficou claro o que ia acontece no primeiro terço do campeonato. 12 jornadas e 12 vitórias. Com esse arranque, o melhor que se viu na história da competição, colocou a Liga no bolso. Com 41 golos a favor, sete contra e onze pontos de vantagem sobre o segundo e terceiro já nessa altura.
Na jornada 33 ficou certificado o que se supõe o oitavo título da sua carreira. O sexto nesta década, dado que reforça a mudança de ciclo e a tirânia que os parisienses estão a exercer na Ligue 1.
Desde o "match ball" desperdiçado frente ao Estrasburgo, a alegria fugia aos de Tuchel, que poderiam ter sido os primeiros campeões das cinco grandes ligas, honra que coube à Juventus este sábado.
O melhor de um campeonato dececionante
Para além da dinamite do ataque e do melhor plantel de França, também cimentou a sua vantagem na dececionante temporada do Mónaco, agora por fim retirou a cabeça da descida, e do Olympique de Marselha, de quem tem uma vantagem de mais de 30 pontos.
O cenário final, com Neymar e Cavani lesionados, acentua mais o domínio de Mbappé neste PSG. A sua eclosão foi decisiva. Voltou a ser o jogador mais destacado da Ligue 1 e demonstrou uma ditadura de golo que apenas é superada por Messi na Europa.
À medida que o título se foi tornando numa questão de encontrar a sua certificação matemática, foi ficando para segundo plano, apesar de que a surpreendente eliminação na Liga dos Campeões voltou a colocar o foco na conquista ligueira.
Os problemas para encontrar um substituto para Rabiot, afastado quase toda a temporada pela sua nega em renovar, foram o principal ponto negro de um ano que deixa a segunda liga consecutiva e o que é pior para os seus rivais: há campeão para um bom bocado no futuro.