O Flamengo logo de cara mostrou o seu poderio na Libertadores. Em 1981, e nunca mais até o momento. E o pior é que ao longo de suas 14 participações no torneio, o Rubro-Negro acumula um número maior de decepções e vergonhas do que grandes momentos. O clube mais popular do Brasil.
Nesta quarta-feira (03) contra o Peñarol, pela terceira rodada do Grupo D, o Flamengo prometia. Mas voltou a decepcionar. Embora ainda não tivesse feito uma exibição à altura do elenco que possui, o Rubro-Negro gerava expectativas em sua torcida pelas duas vitórias na Libertadores. Gerava ânimo pela forma como conquistou a Taça Rio especialmente após bater o Vasco na final do obsoleto segundo turno estadual: nos pênaltis, após um gol salvador de Arrascaeta no último lance.
Arrascaeta trouxe de volta ao mais saudosista e supersticioso dos torcedores a lembrança do gol histórico de Rondinelli sobre o mesmo rival, em 1978. Um tento que marcou um antes e depois ao ter salvado o esquadrão de um jovem Zico e companhia de um desmonte. A partir de lá, o Flamengo virou um titã devorador de títulos que encontrou seu auge exatamente na sua primeira participação dentro da Libertadores. A esperança era que a cabeçada de Arrascaeta pudesse ter efeito parecido, fazer com que o Fla não perdoasse o mínimo erro do adversário.
Pois Arrascaeta ficou no banco contra o Peñarol. Até aí, em meio a algumas discordâncias, tudo bem. O problema foi ter permanecido lá durante os 95 minutos de futebol pobre e pouca coragem para buscar um passe mais agudo, daqueles que surpreendem o adversário e que os atletas rubro-negros provaram ao longo de suas carreiras terem a condição de fazer. Contra o Peñarol o Flamengo teve posse de bola grande, mas efetividade pequena. Já os uruguaios obrigaram, ainda no primeiro tempo, Diego Alves a fazer um milagre. O camisa 1 da equipe que contrata, em meio aos seus pares sul-americanos, quem quiser, terminou o primeiro tempo como melhor no Maracanã lotado.