Homem de confiança do treinador, peça importante no meio-campo. Jogador com experiência em clube grande, vital para as aspirações de sua equipe. Estamos falando de Renato Augusto.
Mas, ao contrário do jogador da Seleção Brasileira, que se recupera de dores no joelho e não participou do amistoso entre Brasil e Croácia, o Renato Augusto deste texto não vai passar os próximos meses nos gramados russos, no maior torneio de futebol do mundo.
Nascido em Caieiras, Renato foi revelado pelo Palmeiras, clube com o qual ainda tem contrato e onde teve mais oportunidades em 2014. Nos anos seguintes, passou por Joinville, Ponte Preta, Figueirense e Santo André. Mas foi no Paysandu onde reencontrou o seu melhor futebol. Renatinho, como também é chamado, chegou ao Papão em 2017 e segue como peça-chave do time na atual temporada.
Fã de chuvas, e com suas ressalvas em relação ao forte sol de Belém, Renato teve que lutar contra uma lesão no tornozelo nesta temporada. O problema físico o tirou da disputa do título paraense, no qual o Paysandu foi derrotado pelo arquirrival Remo: “foi muito difícil”, revela o camisa 5, em entrevista exclusiva para a Goal Brasil.
18 de mayo de 2018
O retorno aos gramados aconteceu na segunda rodada da Série B, contra o Londrina. Semanas depois, Renato estava em campo na decisão da Copa Verde, e teve desempenho fundamental, principalmente na proteção à zaga, para o bicampeonato do Papão no torneio. Um título comemorado em meio a uma festa espetacular da fanática torcida bicolor, e que já começa a mostrar para o meio-campista que a decisão de permanecer no Paysandu, mesmo em meio a propostas de clubes da Série A, foi acertada.
“Como o projeto é bom neste ano, de subir pra Série A, resolvi ficar. Estou muito feliz aqui por isso”, confidenciou, confiante no retorno do Paysandu à elite do futebol brasileiro após 14 anos [a última participação do clube na primeira divisão foi em 2005]. “A torcida têm sido essencial pra gente aqui em Belém. Desde o ano passado, quando negociava a minha renovação, o projeto era ser campeão no 1º semestre, brigar por títulos e pela vaga na Série A”, completou.
Se era chamado de Renatinho em sua Caieiras natal, e atualmente é o Renato Augusto do Paysandu, nos tempos de Palmeiras a presença do xará no Corinthians impossibilitou que o chamassem da mesma forma anos atrás.
Mas nada que tenha magoado ou importado muito para este meio-campista confessamente defensivo, líder em desarmes do Paysandu (atualmente na terceira posição da Série B), que agora, com o auxílio do técnico Dado Cavalcanti, busca se inspirar exatamente no atleta do Beijing Guoan e Seleção.
"Ele é mais um meia do que um volante. Eu sempre joguei mais de primeiro volante do que de segundo. Agora que estou tentando mais sair para o jogo, porque o Dado diz que eu tenho condição de poder chegar à frente. Fico feliz de carregar este nome", disse.
O Renato do Paysandu, que também teve que superar recentemente um problema no joelho, assim como o seu xará da Seleção, torce pela pronta recuperação do companheiro de profissão e vê méritos em sua convocação. E se busca inspiração no homem de confiança de Tite, ele mesmo serve de exemplo para que o camisa 8 do Brasil busque forças para se recuperar plenamente antes do Mundial a ser disputado na Rússia.