A história das Seleções está recheada de heróis e vilões nas Copas do Mundo. De Pelé a Romário, passando por Klose a Cruyff, o que não falta são os craques reverenciados e contemplados.
No entanto, da mesma forma que existe a estrela, que é lembrada e exaltada, também há o vilão, que sempre aparece com papel de destaque. Relembre alguns nomes.
OS HERÓIS
Dentro da área não tinha para ninguém. O 'baixinho' foi o responsável por grande parte da boa campanha da Seleção Brasileira em 1994. Sem ele, o Brasil não teria conquistado o tetracampeonato nos EUA.
A seleção, que vinha sem título do Mundial há 24 anos, acumulando fracassos até mesmo com times inesquecíveis, como em 1982, o camisa 11 cheio de autoconfiança contagiou os companheiros e virou um gigante na Copa dos Estados Unidos, eternizando seu nome na história do país.
Em 1998, o centroavante foi cortado da Copa dias antes da disputa, por conta de lesão na panturrilha. Já em 2002, com 36 anos, ficou fora da lista de Luiz Felipe Scolari, apesar do apelo popular por seu nome. Felipão tinha suas peças de confiança e optou por não levar ROmário - que seguiu fazendo muitos gols até 2008, quando aposentou.
Líder da Seleção da Holanda em 1974, ele não só encantou o mundo com a sua posição polivalente - que jogava em todas as posições do campo -, como também ajudou a mudar o futebol, eternizando a "Laranja Mecânica".
Apesar da derrota para a Alemanha Ocidental por 2 a 1 na final o jogador foi o principal nome do time que revolucionou o futebol mundial. Com três gols na competição, ainda conquistou a Bola de Ouro, como melhor jogador do torneio.
Miroslav Klose pode não ser considerado um craque, mas escreveu o seu nome na história das Copas, ao ser o maior artilheiro do Mundial até o momento, tendo marcado 16 gols em quatro
edições, superando Ronaldo, que fez 15.
Em 2014, além de marcar mais dois gols, se tornou tetracampeão mundial pela seleção alemã.
Nome mais importante da história do futebol francês, Zinedine Zidane era um jogador que costumava desfilar classe e elegância nos gramados. Herói da França e carrasco do Brasil, o atual treinador comandou a seleção em 1998 rumo ao título do Mundial, e assim como em 2006, foi eleito o melhor jogador do torneio.
No entanto, a sua carreira também foi marcada com a cabeçada em Materazzi, antes da França ser derrotada pela Itália nos pênaltis, em 2006.
Assim como Zidane, o argentino pode aparecer na lista dos heróis e vilões. Apesar de que Maradona fez esse feito no mesmo ano. Em 1986, o jogador fez o gol com a "mão de Deus" nas quartas de final contra a Inglaterra.
Após o gol que rende polêmica até os dias de hoje, o jogador seguiu comandando a Seleção Argentina até a final do Mundial e levantou o troféu no México.
PELÉ: Ninguém superou e dificelmente irá superá-lo. Tricampeão mundial pela Seleção Brasileira, o Rei foi o mais novo jogador a conquistar uma Copa do Mundo (1958), além de fazer seis gols contra a Suécia na final.
Esse foi apenas o primeiro passo da Seleção que se transformaria na maior campeã do mundo, com cinco títulos. Uma conquista que fez o Brasil marcar seu território no futebol mundial.
OS VILÕES BRASILEIROS
Roberto Carlos se tornou um dos vilões da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Alemanha. De ídolo, ele passou a ser questionado após o lance que originou o gol da vitória da França nas quartas de final. Na ocasião, o jogador estava arrumando a meia no momento da cobrança de escanteio do adversário, e não marcou Henry, autor do tento.
Na Copa de 1986, no México, quem ficou marcado foi o jogador do Flamengo, e um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro. No jogo das quartas de final, contra a França, o Brasil empatava em 1 a 1 quando Branco sofreu pênalti. Zico, que voltava de lesão e tinha acabo de entrar, errou a cobrança. O jogo foi para os pênaltis e o Brasil acabou eliminado.
Felipe Melo foi apontado por parte da opinião pública como um dos vilões da eliminação do Brasil em 2010, quando foi expulso na derrota por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final. O volante foi expulso quando a equipe buscava uma reação, por dar um pontapé no holandês Robben. O jogador nunca mais voltou à Seleção.
Apesar de ser considerado um bom goleiro, Barbosa, que era negro, carregou até o fim da vida, em 7 de abril de 2000, aos 79 anos, o fardo da derrota para o Uruguai em pleno Maracanã. O goleiro foi apontado como o grande culpado pelo vice-campeonato.
Thiago Silva, zagueiro e capitão da Seleção Brasileira, foi o nosso último vilão em Copas. Ele ficou marcado por choro na Copa após se recusar a bater o pênalti contra o Chile, nas oitavas de final.