Salah tem seus pontos fortes e fracos, como todo mundo. Não deveria haver dúvida de que ele é um craque, mas há. Dúvidas que devem ser dissipadas analisando seus números desde que ele chegou ao Liverpool.
Treinado em seu país natal, o Egito, Salah fez seu nome jogando no Basileia, onde chamou a atenção do Chelsea. Mas no clube 'blue' não deu certo e foi transferido primeiro para a Fiorentina e depois para a Roma, um clube que acabou comprando seu passe por 15 milhões de euros.
Era o verão de 2016. Salah marcou 15 gols em 42 jogos pela Roma, números que manteve, até melhorou, em seu segundo ano: 19 em 41. E o Liverpool bateu à sua porta.
Das mãos de Klopp, Salah mostrou sua melhor versão. No momento da paralisação por causa do coronavírus, o egípcio jogava por duas temporadas e meia, nas quais seus números eram escandalosos.
Depois de 144 jogos como 'red', Salah comemorou 91 gols, uma média ao alcance de muito poucos. De fato, existe apenas um jogador com um número significativo de gols, John Alridge, que marcou 60 em 96 jogos, os mesmos 0,63 gols por jogo do egípcio.
Sua média de pontuação é melhor que a de Ian Rush, Steven Gerrard e Robbie Fowler, os três maiores artilheiros históricos do Liverpool. De fato, Salah já tem apenas à frente, além desses três, Owen, Dalglish, Hunt e Barnes.
Mas é que Salah é muito mais do que gol. Nesses dois anos e meio, ele deu 34 das 70 assistências que teve ao longo de sua carreira. Sua parceria com Mané e Firmino é letal.
E por último mas não menos importante, ele joga bem. Ele joga bem no sentido de que seus dados de desempenho nessas duas temporadas e meia são os melhores em toda a sua carreira. Em sua temporada de estreia, ele obteve uma média de 8,5 pontos, a melhor nota de sua carreira.
O passado, no qual ele foi proclamado campeão da Champions, ficou em 8. E nessa temporada, até a suspensão, tem uma média de 7,7. Duvidar de Salah é tolice.