"Problema de quem pensou que esta temporada seria fácil. Eu sabia que tínhamos muito trabalho pela frente. Em certos momentos, há alguns que buscam culpados e outros que optam por trabalhar. Os que tiverem vontade de trabalhar, se derão muito bem comigo e os que buscam culpados, certamente não", enfatizou o técnico argentino.

"Estamos em um momento muito bom para trabalhar e ver quem se junta a esse trabalho e quem fica do outro lado. Adoro esse momento", disse ele em outra seção da coletiva de imprensa após o empate com o Valencia, o quarto da tabela do campeonato espanhol, no qual sua equipe venceu apenas uma partida.

"Somos uma equipe nova, com a qual precisamos nos acostumar e gerar trabalho e constância nas partidas. Sempre há um lado positivo. Em Valladolid, o primeiro tempo foi ruim, o segundo bom. Com a Juventus, o primeiro bem. Ainda não temos o equilíbrio para lidar com os momentos do jogo, principalmente quando você está sofrendo e tem que mostrar tranquilidade (...). Estamos convencidos de que temos jogadores capacitados para isso", afirmou Simeone.

Este sábado também percebeu "dois momentos diferentes". Satisfeito com a primeira parte de sua equipe, ele foi autocrítico com a segunda: "Não podíamos sair do jogo do Valencia, que nos levou a estar em nosso campo. Saimos algumas vezes, como em uma jogada muito clara de Arias. Já no início do segundo tempo tínhamos dificuldades para sair. Sofremos durante todo o segundo tempo".

Simeone, que considerou que o time atacou "melhor" com Mario Hermoso e Saúl Ñíguez pela lateral esquerda "no primeiro tempo" do que com Thomas Lemar e Renan Lodi no segundo, insistiu em "continuar trabalhando" e explicou seus protestos com ironia ao árbitro no final da partida: "Quando vi que todos os jogadores estavam lá (com o árbitro), pensei em retirá-los rapidamente, porque tinham cartões amarelos, e não pelos dois minutos que faltaram, e ficaram no bolso".

Também falou sobre Diego Costa e Álvaro Morata, "É difícil dar conselhos ou opiniões a jogadores com hierarquia como eles. São períodos complexos, não acostumados à hierarquia dos dois. Eles sabem que o único caminho é trabalhar, insistir, ser mais simples nas resoluções que têm que tomar"

"Quando não estão em jogo, alguns buscam culpados. É muito fácil buscar culpados quando na realidade é trabalho, trabalho e trabalho", explicou o técnico.