O Barcelona x Sevilla que colocou o time do Barça em sua segunda final da temporada não foi uma das grandes noites de Leo Messi. O argentino tentou aumentar seu saldo de gols de todos os modos, mas, apesar de sua onipresença, foram outros que balançaram a rede para o Barça.
Coincidentemente, ele e Cristiano Ronaldo jogaram 50 partidas (incluindo com as seleções da Argentina e Portugal) desde a retomada do futebol após oi início da pandemia. Contrastando os dois craques com o laboratório de estatísticas BeSoccer Pro, os números de um e de outro são muito semelhantes e, apesar de uma avançada idade, confirmam que os dois ainda continuam sem problemas na elite do futebol.
CR7 terminou um jogo contra o Spezia e fez um gol quase no fim, chegou ao seu 42º gol nesses 50 jogos. Além disso, deu sete assistências, continuando com uma produção ofensiva de aproximadamente um gol por jogo (42 + 7). Leo chega aos 50 jogos com 32 gols e 14 assistências, pelo que a sua produção ofensiva não tem ficado longe da do craque da Ilha da Madeira.
Se algo se pode atribuir ao da 'Vecchia Signora' é que a sua eficácia nas penalidades máximas, até há poucos anos o seu viés preferido, se viu prejudicada. Ele bateu 16 pênaltis após a pandemia, das quais converteu 13, com uma eficácia de 81,3%. Já Messi tem se saído melhor, já que bateu 11 e marcou 10, com uma eficácia de 90,9%. Por outro lado, o que ele perdeu, contra o Valencia, acabou convertendo-o em gol na mesma jogada após rebote, podendo se falar em um falso 100% de Messi, que melhorou muito numa faceta que antes lhe custava muito se destacar.
Os números de Leo e Cristiano também são muito semelhantes em termos de vitórias e empates de um e do outro. O jogador da Juve já venceu 31 jogos, 62% dos jogos, contra os 64% que Leo mantém com suas 32 vitórias. O Barça de Messi, porém, perdeu mais do que a equipe 'bianconera', porque em comparação com as 10 derrotas 'culés' (20,4%), apenas foram 8 sofridas pela Juventus com CR7 (16%).
Há uma questão em que Cristiano Ronaldo ainda é um verdadeiro 'Robô'. De seus 42 gols, 26 ocorreram em 13 dobletes 61,9% de seus gols após a pandemia foram marcados em pares. Messi, nesse mesmo tempo, marcou seis dobletes, com o astro argentino distribuindo muito mais seus gols.
No setor mais altruísta, em face das 14 assistências de Leo, o português só conseguiu ser garçom sete vezes. Esta estatística claramente marca a diferença entre esses dois monstros nos últimos anos, com CR7 focando nos gols e com Leo economizando esforços, pontuando e ajudando igualmente.
E se sua inteligência e compreensão do jogo lhes permitiram envelhecer bem, há uma certa diminuição em outras estatísticas que antes eram quase involuntariamente acrescentadas. Ainda não vimos um hat-trick pós-pandemia desses dois monstros em seus primeiros 50 jogos, que continuam a acumular valiosos números e manter sua luta, apesar do fato de que não jogam o mesmo campeonato nem são jovens.