A situação de Mesut Özil no Arsenal deu um giro completo após a parada para a pandemia. Passou de jogar as dez últimas partidas anteriores como peça chave no esquema de Mikel Arteta a desaparecer. Uma incógnita que o alemão quis explicar em uma entrevista ao 'The Athletic'.
“Eu vou decidir quando eu irei, e não outras pessoas. Eu não assinei por dois ou três anos, eu assinei por quatro e isso deve ser respeitado por todo mundo”, deixou claro o alemão.
“As coisas têm sido obviamente difíceis, mas eu amo o Arsenal, eu amo trabalhar aqui, eu amo as pessoas no clube, as reais pessoas, essas com que eu tenho estado por longo tempo, e eu amo Londres, é minha casa”, completou.
O meia aproveitou a oportunidade para dar a sua versão sobre o episódio da redução salarial durante a pandemia, é bom lembrar que ele foi um dos três nomes da equipe que não aceitaram as condições.
"Como jogadores, todos queremos contribuir, mas precisávamos de mais informações e muitas perguntas ficaram sem resposta. Todos estavam bem com um adiamento enquanto havia tanta incerteza – eu estaria OK de ter uma parcela maior -, e um corte, se necessário, assim que as perspectivas financeiras e de futebol estivessem mais claras. Mas fomos apressados para isso sem a devida consulta”, disse.
“Para qualquer um nesta situação, você tem o direito de saber tudo, de entender o porquê disso estar acontecendo e aonde o dinheiro está indo. Mas não tivemos detalhes o suficiente, nós apenas tivemos que dar uma decisão. Foi rápido demais para algo tão importante e houve muita pressão”.
“Isso não foi justo, especialmente para os jovens, e eu recusei. Eu tenho um bebê em casa e eu tenho compromissos com minha família aqui, na Turquia e na Alemanha, as minhas caridades também, e também um novo projeto que começamos a apoiar pessoas em Londres que foi do coração e não para publicidade”, explicou.
“Pessoas que me conhecem sabem exatamente o quão generoso eu sou e, até onde eu sei, eu não fui o único jogador que rejeitou o corte no fim, mas somente meu nome veio. Eu acho que é por que sou eu, e as pessoas têm tentado há dois anos me destruir, me fazer infeliz, de forçar uma situação que eles esperam que irão virar os torcedores contra mim e desenhar uma imagem que não é verdadeira", concluiu em relação ao tema.
Por fim, o meia deixou um recado para a torcida 'gunner': “O que quer que tenha acontecido nas duas últimas temporadas, eu estou feliz e muito forte mentalmente. Eu nunca desisto de nada. Eu quero ajudar meu time e eu vou lutar por isso. Se estou em forma, eu sei o que posso fazer no gramado.”