Depois de quase sete temporadas na Atalanta, Papu Gómez deixou a equipe italiana no mercado de inverno de 2020. O argentino teve uma série de desavenças com Gasperini e decidiu dar um fim ao seu tempo no clube.
O Sevilla lhe deu as boas-vindas e o atacante está mais do que confortável na equipe sevilhana. O jogador, na cidade andaluza, concedeu esta terça-feira uma entrevista ao jornal 'La Nación' e revelou o que o levou a deixar a equipe de Bérgamo.
"Tive de sair do clube. Cometi algum erro, eu assumo, porque num jogo da Champions League contra uma equipe dinamarquesa, o Midtjylland, o desobedeci numa indicação táctica. Faltavam dez minutos para o fim da primeira metade e ele me pediu para jogar na direita, enquanto eu estava jogando muito bem na esquerda. E eu disse não. Foi perfeito para ele ficar com raiva. Foi quando eu soube que no intervalo ele iria me substituir, e assim foi. Mas no vestiário ele exagerou, ultrapassou os limites e tentou me agredir fisicamente”, disse.
Mas não acabou por aí. Papu, que até falou com o presidente, afirmou que Gasperini nunca se desculpou com ele: “Pedi uma reunião com Percassi e lhe disse que eu não tinha problemas em continuar, aceitando que eu havia errado: como capitão eu não tinha me comportado bem, tinha sido um mau exemplo ao desobedecer ao técnico. Mas eu disse ao presidente que precisava de um pedido de desculpas. No dia seguinte houve uma reunião e não recebi nenhum pedido de desculpas do técnico".
“Então, como eu entendi isso? O que eu tinha feito estava errado e o que ele fez estava certo? Foi aí que tudo começou. Depois de alguns dias eu disse ao presidente que não queria continuar trabalhando com Gasperini na Atalanta. O presidente me disse que não ia me deixar sair, que não ia me soltar. O cabo de guerra começou e os custos foram para mim: me separaram do elenco e acabei treinando só com os reservas", acrescentou.