O técnico romeno Lászlo Bölöni foi um personagem essencial na carreira de Cristiano Ronaldo. Foi ele quem lhe deu a chance em uma partida oficial do Sporting e quem o moldou para começar a ser a estrela que é hoje.
Atualmente no belga Royal Antwerp, Bölöni relembrou o início do craque em Lisboa. "Fui ver as equipes juvenis e pedi que ele viesse com a primeira equipe, porque ele tinha um bom físico, era muito rápido e tinha ótima técnica. Isso não foi uma surpresa", explicou.
"Decidi que não voltaria a jogar na base. No vestiário, brincava, mas no campo era uma coisa excepcional. Tinha uma maturidade que não era normal para alguém entre 16 e 17 anos", acrescentou.
Bölöni explicou que Cristiano Ronaldo começou como '9', mas foi ele quem rapidamente o tornou extremo. "Pensei em colocá-lo na extrema direita, porque ele era jovem e leve, cerca de 60 quilos, e seria muito difícil para ele jogar de costas e disputar com zagueiros de 100 kg. Na lateral, com velocidade e um drible fantástico, ele iria ser muito mais eficiente ", disse o técnico.
E revelou que o jovem Cristiano abusou excessivamente do drible: "Para ele, o mais importante era driblar. Ele não podia jogar sem driblar. Minha tarefa era dizer a ele que um drible era bom, dois também... mas cinco eram demais. Expliquei a ele onde era mais útil driblar e sua inteligência fez o resto".
O romeno concluiu afirmando que ele já esperava que aquele jovem se tornaria um dos melhores da história: "Eu já disse que venceria Figo e Eusébio e essas palavras me custaram problemas", disse ele, antes de escolher o português à frente de Messi: "Ele sempre será meu filho".