Paulo Futre, antigo internacional português, passou vários anos no Atlético de Madrid, onde virou ídolo dos adeptos 'colchoneros', e em entrevista à revista 'Líbero' contou como essa ligação aos 'rojiblancos' o impediu de assinar pelo Real Madrid, mesmo à última da hora.
"Negociámos e, com o contrato pronto para ser assinado, no final da última reunião pensei pela primeira vez na minha família, nos meus filhos. Não podia voltar com eles a Madrid, para o Real. Regressei à sala e disse: ‘Lamento, meus senhores, não vou assinar’. Queriam matar-me. Sou o único jogador do Mundo que, com o contrato em cima da mesa, disse que não ao Real Madrid", contou Futre, antes de lembrar ainda outro episódio marcante da sua carreira como jogador.
"Tínhamos uma mentalidade muito frágil. Antes de assinar pelo Atlético fiz testes na Juve. Fizeram-me testes psicológicos, perguntaram-me de tudo: quantas vezes tinha sexo, o que comia… Os futebolistas portugueses tinham má fama", explicou.
Futre esclareceu ainda porque não quer ter uma carreira como treinador: "Seria repetir a vida que tive como jogador, sempre a arrastar malas, sem qualquer estabilidade. Hoje perdes dois jogos e estás na rua. Prefiro uma vida mais estável e fazer coisas à margem do futebol".