Chile e Peru chegaram às semifinais após eliminarem Colômbia e Uruguai, respectivamente. As duas classificações foram conquistadas nas cobranças de pênaltis após empates sem gols.
Chilenos defendiam o título e buscavam o tricampeonato após vencerem as duas últimas edições (2015 e 2016). Peruanos também tentavam a terceira conquista, mas desde 1975 não levantam a taça (a primeira vez foi em 1939).
A Seleção do Peru entrou em campo com uma postura ofensiva, chegando perto do gol com Cueva aos dois minutos. Apesar de uma boa resposta imediata com finalização do Chile com Aránguiz, foi o time de Ricardo Gareca que conseguiu frequentar o campo de ataque.
Aos 20 minutos, na terceira tentativa peruana, a bola entrou. Após cruzamento de Cueva pela direita, com desvio dentro da área, Flores recebeu na área e bateu cruzado, de primeira, com a perna esquerda.
A equipe de Reinaldo Rueda tentou reagir e passou a controlar a posse de bola, mas sem conseguir levar perigo ao adversário e deixando espaço no campo de defesa.
Aproveitando o campo livre, o Peru ampliou a vantagem em um contra-ataque. Carillo foi lançado e o goleiro Arias abandonou o gol para sair da área, acreditando que bloquearia o ataque. No entanto, o peruano conseguiu cruzar para Yotún, que dominou no peito e bateu da entrada da área antes de o goleiro retornar.
No fim do primeiro tempo, o Chile pressionou apostando na bola aérea com escanteios e cruzamentos. Na melhor oportunidade, Fuenzalida finalizou de primeira, exigindo grande defesa de Gallese - lembrem-se deste nome. Não foi suficiente, e restava o segundo tempo para tentar a virada.
Na segunda etapa, os chilenos partiram pra cima e mantiveram uma dura pressão, que incluiu finalização na trave em cabeçada de Vargas e diversas bolas levantadas na área.
Assim como no segundo gol, o Peru aproveitou o espaço que sobrava para contra-atacar. Em uma subida perigosíssima aos 59 minutos, Guerrero tocou para Cueva, que serviu Yotún em ótimas condições para finalizar cara a cara com o goleiro Arias. Mas ele estava desequilibrado e perdeu a oportunidade mandando a bola muito alto.
Aos 30 minutos, Vargas teve a melhor chance para tentar a reação. Após ser lançado em velocidade, chegou de frente com Gallese e finalizou exigindo ótima defesa do goleiro, que parou a bola com a mão direita.
Sánchez, Vidal e Beausejour seguiram somando finalizações na pressão final. Foi quando brilhou o grande nome da noite: Gallese, que ao longo da partida teve ao menos cinco grandes defesas.
Quando tudo parecia acabado, Guerrero acabou com as dúvidas e fez o terceiro gol peruano. Após receber na entrada da área, o goleador do Internacional driblou o goleiro Arias com facilidade e empurrou pro fundo do gol.
No último minuto, o Chile teve a chance de descontar. Aránguiz foi derrubado dentro da área e o árbitro colombiano Wilmar Roldan apitou pênalti com a ajuda do VAR. Vargas foi para a cobrança, deu uma cavadinha e consagrou Gallese, que defendeu com facilidade, usando apenas uma das mãos. Terceiro pênalti defendido por ele nesta Copa América!
A Seleção Peruana voltará a enfrentar o Brasil, desta vez na final. Na fase de grupo, os anfitriões golearam o time de Gareca por 5-0. A grande decisão está marcada para o próximo domingo, às 17h (horário de Brasília), no Maracanã.