O Barcelona possui inúmeras formações inesquecíveis, desde a excelente equipe que tinha Kubala como grande herói, passando pelos tempos em que Johan Cruyff jogava, até o momento mágico em que o holandês, já no banco de reservas, foi o treinador que levou os catalães, em 1992, à primeira conquista de Champions League.
A mágica do time que tinha em Ronaldinho Gaúcho o grande protagonista, em 2006, também deixou sua marca, mas o Barça enfim abraçou a potência que tanto esperava ser quando Pep Guardiola assumiu o comando do time, dando novas responsabilidades e funções para Lionel Messi despontar como um dos maiores de todos os tempos em campo.
Craques como Xavi e Iniesta também deixaram suas marcas, e se é possível escolher uma temporada para dizer qual é o “maior Barcelona da história”, é difícil não apontar o dedo para 2010-11.
Aquela campanha terminou com título espanhol e europeu, este último vindo após vitória incontestável sobre um bom Manchester United. Confira alguns motivos que explicam por que aquele Barça de 2010-11 foi tão marcante e especial.
Uma mão cheia contra o Real Madrid
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Foi naquela temporada que o Barça aplicou uma goleada inesquecível sobre o Real Madrid, arquirrival que contava com José Mourinho em sua primeira campanha no comando técnico: um 5 a 0 para ninguém colocar defeito no início da caminhada, em duelo válido pela liga espanhola.
Os clássicos mais tensos contra o Real Cristiano Ronaldo de um lado, Messi do outro
Mais tarde, o Barça teria quatro encontros contra o arquirrival no espaço de cerca de um mês: duelos decisivos para os destinos do Campeonato Espanhol, uma decisão de Copa do Rei e as semifinais da Champions.
A única derrota veio na Copa do Rei, sendo que na Champions League os duelos foram recheados de tensão – talvez até mesmo levando a rivalidade para um outro patamar, em meio às reclamações e acusações sérias feitas por José Mourinho, que alegava um beneficiamento aos catalães.
Vitória incontestável
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A finalíssima, contra o Manchester United, foi um passeio: vitória por 3 a 1 justamente no dia da despedida de Van der Sar, mítico goleiro da equipe contrária. Pedro, Messi e David Villa – a trinca de ataque – foram os responsáveis pelos gols dentro de Wembley.
Ainda houve espaço para uma cena emblemática: Eric Abidal, hoje dirigente do time, fazia o seu retorno aos campos depois de superar um câncer. Após o apito final, o capitão Carles Puyol deu a braçadeira para o francês vestir e levantar a taça.
Desempenho absurdo
Aquele Barcelona de 2010-11 foi o que mais trocou passes na história da Champions League (10.088, segundo a Opta Sports), além de na final contra o Manchester United ter estipulado, nesta década, o recorde de finalizações a gol (12) no jogo que valia o título europeu.
Reconhecimento de um ícone
Considerado um dos maiores treinadores de todos os tempos, Alex Ferguson, comandante do Manchester United, não deixou de – à sua maneira – elogiar aquele Barcelona.
Vale destacar que o escocês já havia perdido, em 2009, uma final de Champions para os catalães – que já estavam sob o comando de Guardiola. Mas aquele jogo de 2011 marcou, definitivamente, a apresentação de um esquadrão que ficou na história.
“O Barcelona foi o melhor time a ter entrado em campo contra o meu Manchester United. Facilmente”, conta Ferguson em sua autobiografia.
“O Barcelona que nos venceu em Wembley, na final da Champions League de 2011, foi superior ao time que nos bateu em Roma, dois anos antes. Aquele grupo de 2011 estava no ápice de seus poderes”, completou.