Telê Santana era o treinador do Atlético-MG no título brasileiro de 1971. Isso por si só já o colocaria em um lugar de protagonismo na história do Galo, uma vez que este foi, durante pelo menos quatro décadas, a conquista de maior relevância do clube -- além de ter representado uma virada de chave para a causa atleticana.
Mas além disso, Telê, com 434 jogos no comando do Alvinegro, é o treinador com mais partidas na área técnica do Galo. E é e sempre será Telê Santana – a figura mítica que, dentre os professores da bola, talvez mais bem ilustre o conceito do ‘jogar bonito’ na mitologia do nosso futebol brasileiro.
Procópio Cardoso comandou, talvez, os melhores times do Atlético sob o ponto de vista técnico. Estamos falando do esquadrão de Reinaldo, Cerezo e tal. Conquistou, em 1979 e 1980, estaduais na época em que estaduais eram muito mais do que são hoje e, mostrando longevidade, ainda levou o Galo ao título da Copa Conmebol (equivalente à atual Copa Sul-Americana) em 1992. É, com 328 partidas, o segundo treinador que mais vezes comandou o Alvinegro em todos os tempos.
Levir Culpi, campeão da Copa do Brasil em 2014, é o terceiro desta lista (320) e não podemos nos esquecer de Barbatana – embora seja provável que você, leitor não-atleticano que chegou aqui, jamais tenha ouvido falar do treinador cuja importância na montagem do esquadrão de Reinaldo, nos anos 1970, foi vital.
Mas se Cuca já habitava o imaginário geral como grande candidato ao posto de “maior técnico da história do Atlético-MG” (naquele tipo de discussão que adoramos na cobertura do esporte de alto rendimento) pelo título da Libertadores da América de 2013 (a maior conquista na história do Galo), ter sido, agora em 2021, o comandante do título do Brasileirão, encerrando o longo jejum de 50 anos desde aquela conquista de Telê Santana, só lhe dá mais peso para ocupar definitivamente esta função.