Diego Maradona nunca ganhou uma Libertadores, mas também jamais entrou em campo pelo torneio. Mas por que um dos melhores jogadores da história jamais teve essa possibilidade?
No início de sua carreira, com o Argentinos Juniors, a maior taça do continente ainda era um objetivo impossível. Afinal de contas, apenas os campeões nacionais do país tinham essa oportunidade.
Entre 1975 e 1976, ‘Bicho’ [como a equipe que revelou o craque é apelidada] não lutou por taças, já que Boca e River dominavam o cenário local. Em 1979, já considerado um craque, não avançou das semifinais do campeonato metropolitano e foi vice, em final perdida para o River Plate, na temporada 1980.
Maradona foi o artilheiro do Metropolitano em 1978, 1979 e 1980, além de também ter sido o máximo goleador do Campeonato Argentino em 1979 e 1980. Em 1981, chegou ao Boca Jrs. e foi campeão, mas não disputou a Libertadores de 1982 porque o técnico César Luis Menotti o convocou para a Copa do Mundo daquele ano, em uma preparação que exigiu incríveis quatro meses de concentração!
Naquele mesmo ano de 1982, Maradona rumou para a Europa, onde teve passagens por Barcelona, Napoli e Sevilla. Quando retornou ao seu país, em 1993, disputou cinco jogos pelo Newell’s Old Boys e voltou, em 1995, para o Boca após cumprir os 15 meses de suspensão da FIFA. Mas jamais conseguiu participar de uma campanha de Libertadores.
Como treinador, Maradona também não teve a oportunidade de dirigir nenhuma equipe na maior competição sul-americana. Nos breves trabalhos que ele realizou em clubes argentinos (Deportivo Mandiyú, em 1994, e Racing, em 1995) ele apenas comandou suas equipes torneios locais. Mais recentemente, como treinador do Gimnasia também. Diego deu adeus sem criar uma relação com o maior torneio do continente.