Tanto no jogo de ida das quartas de final da Libertadores, que terminou empatado por 1 a 1 no Morumbi, quanto no encontro de volta, no Allianz Parque, chamou a atenção a ausência do argentino Martín Benítez no time titular do Tricolor. O meia, afinal de contas, é um dos jogadores mais habilidosos à disposição do técnico Hernán Crespo, daqueles capazes de criar chances que poucos poderiam esperar.
O último jogo de Benítez pelo São Paulo foi na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, quando fez um dos gols que ajudaram o Tricolor a eliminar justamente sua ex-equipe. Contra o Palmeiras, no primeiro dos dois confrontos pela Libertadores, sequer saiu do banco de reservas. E após o empate o técnico Hernán Crespo explicou, ainda que sem ser tão direto, os motivos de sua escolha.
“Todos os jogos têm uma análise tática e estratégica. Tinha outras possibilidades e posso escolher a melhor escalação para o jogo. Nesse caso acreditei que outros poderiam jogar. Mas graças a Deus o Benítez está bem”, disse na ocasião.
Benítez não chegou a entrar em campo no duelo seguinte, contra o Grêmio, porque estava suspenso no Brasileirão. Mas quando Crespo explicou o motivo de Benítez não ter sido titular na ida contra os palmeirenses, chamou atenção ter confirmado que o jogador não tinha problemas físicos e ter citado a opção tática.
Apesar de sua habilidade, Crespo acreditaria que o seu compatriota argentino não entrega tanta intensidade sem a bola. Ao preferir um meio-campo formado por Liziero, Luan Santos, Rodrigo Nestor e Gabriel Sara o técnico são-paulino ganha mais combatividade e opções que sabem desarmar melhor os adversários.
Benítez ficaria como opção para entregar sua criatividade sem perder intensidade em um corte de 45 minutos. Resta saber se a escolha de Crespo vai dar certo.