Fred nunca quis deixar o Fluminense, mas acabou o fazendo em 2016 após inúmeros problemas com a diretoria da época. Desde então, passou por Atlético-MG e retornou ao Cruzeiro, mas nunca escondeu o carinho pelo Tricolor. Agora em 2020, enfim tudo leva a crer que o camisa 9 vai retornar às Laranjeiras. Um movimento até mesmo óbvio se levarmos em conta atitudes que o atacante teve no passado, no presente... e que planeja ter no futuro.
Recentemente, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, voltou a dar uma declaração que anima os torcedores das três cores que traduzem tradição: “No pós-pandemia a chance de o Fred voltar, de 0 a 10, é de 10”, afirmou para o SporTV, ainda que reiterando que faltam algumas coisas que separam “a concretização deste sonho”. “Uma delas, seria jurídica”, explicou o mandatário.
Sinais do retorno e promessa de um presente
Ainda que faltem coisas, Fred já se sente livre o bastante para voltar a explicitar sentimentos que ele só viveu no Fluminense. Em suas redes sociais, o atacante de 36 anos voltou a deixar o bigode que marcou o seu visual no título brasileiro de 2012 – conquista que será reprisada neste domingo (31), pela TV Globo. O centroavante foi além e convocou a torcida tricolor a fazer o mesmo.
“Galera, a TV Globo vai passar a reprise do campeonato brasileiro de 2012, que fomos campeões. E eu já estou como? Bigode, fera. Recordar é viver. Tricolor, deixa o bigodão aí. Só até domingo. Vai que eu meto dois gols e a gente é campeão... Sei lá”, falou.
Fred também gravou um vídeo para a filha caçula de Mário Bittencourt, que fazia aniversário, na qual brincou ao falar sobre o presente: “Eu estou com uma ideia aqui bem especial para você pedir para o seu pai de aniversário: pede seu pai para trazer o titio de volta”, disse.
A promessa de Bittencourt não é segredo, especialmente depois que Fred conseguiu, no início de 2020, romper o vínculo que tinha com o Cruzeiro.
O passado: por que Fred deixou o Flu?
O relacionamento ruim que Fred tinha com a então diretoria do Fluminense, durante o mandato de Peter Siemsen, deixaram a situação insustentável para o prosseguimento do atacante no clube onde conquistou duas vezes o Brasileirão.
“Percebi que se iniciou um processo de fritura da minha pessoa por parte da diretoria do Fluminense. Vi que começou a vazar muitas informações a respeito do meu salário, que minha permanência no clube estava inviabilizando a conclusão das obras do novo CT...”, disse em entrevista para o Globoesporte.com, em 2016.
“Então, percebi todo esse cenário que estava sendo desenhado contra mim e procurei o presidente. Eu disse: ‘Peter [Siemsen], o Fluminense é minha segunda casa, meu sentimento é de gratidão, devo muito a esse clube. As maiores alegrias que tive na minha carreira foram aqui, o momento mais difícil que passei no futebol, foi o Fluminense que me acolheu de uma forma que ninguém mais faria. Por isso, quando achar que sou um peso financeiro, peço para me procurar’. E não deu outra. Ele procurou meu representante e disse com todas as letras que ele poderia buscar qualquer situação para eu sair, porque estava sendo um peso”, completou.
O futuro: sonho de virar até dirigente
Fred chegaria ao Fluminense para jogar e aumentar ainda mais sua distância, sobre os demais jogadores, como maior artilheiro tricolor neste século, mas em 2015 ele também já havia dado indícios de que pretendia seguir no clube até mesmo depois de pendurar as chuteiras.
“Estou completamente enraizado no Fluminense. A cada ano que passa esse sentimento só aumenta. Meu pensamento não é só encerrar no Fluminense, é ficar para sempre. Queria fazer alguma coisa, penso em ser alguma coisa. Não sei o que, mas ajudar em alguma coisa”, afirmou, em 2015, ainda como jogador do clube, para o Redação SporTV.
Os indícios do presente mostram que Fred continua se sentindo enraizado no Fluminense. Falta agora oficializar, mas o retorno é praticamente óbvio.