Entre a eliminação na Copa do Mundo do Brasil, quando caiu para a Alemanha na semifinal ao perder por 7 a 1 até a chegada de Tite, em agosto de 2016, a Seleção Brasileira passou por momentos delicados.
Depois da maior derrota de sua história veio a natural ressaca, momentos que colocaram em questão todo o desenvolvimento do futebol brasileiro nos últimos anos. Jogadores também entraram em xeque, assim como toda uma geração.
No entanto, a partir da chegada do novo treinador as coisas começaram a mudar. Tite deu uma cara à Seleção, recuperou a confiança dos atletas e colocou o Brasil na Copa do Mundo da Rússia de forma antecipada. Chegou no Mundial como favorito e apesar de não ter conquistado a taça, mostrou que há um trabalho definido e que deve ter continuidade.
Uma das principais características que Tite trouxe à Seleção foi exigir a polivalência dos jogadores, atletas que atuassem em mais de uma posição. Coutinho, por exemplo, foi utulizando durante praticamente toda a Eliminatória em uma posição, na Copa do Mundo exerceu outra e teve certo sucesso.
O meio-campo foi a posição onde mais desfrutou da polivalência dos atletas. Além disso, colocou a equipe para atuar com comprometimento tático, algo em que os brasileiros são famosos por não terem muita responsabilidade. Ataque e defesa, time compactado e comprometido em voltar para marcar.
A variação tática também foi uma marca do trabalho de Tite até aqui, do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1 e 4-4-2, esquemas utilizados principalmente na Copa do Mundo da Rússia, de acordo com a necessidade da equipe em obter o resultado.
São apenas dois anos de trabalho até que conta com resultados significativos e pede continuidade. A CBF deseja contar com o mandante, os jogadores já pediram a permanência de Tite, agora, cabe ao treinador decidir, ele pode fazer muito mais pelo futebol brasileiro pegando um ciclo completo de Copa do Mundo.