O Palmeiras está longe de encantar pelo futebol apresentado, mas os resultados do clube, especialmente na Libertadores e Brasileirão, por enquanto estão acima de qualquer questionamento.
E muitos destes resultados vieram graças a gols e assistências de dois jogadores: Ricardo Goulart e Gustavo Scarpa. Juntos, considerando todas as competições disputadas no ano, eles contribuíram diretamente para 15 dos 38 gols marcados pela equipe treinada por Felipão: 39% de todas as bolas nas redes do Alviverde em 2019 tiveram participação direta da dupla (entre assistências ou tentos).
O problema é que, durante um bom tempo, o Palmeiras será obrigado a jogar sem os seus dois jogadores mais influentes no ano. Ricardo Goulart, autor de quatro gols e três assistências, sofreu lesão no joelho e só deverá voltar no final de junho. Gustavo Scarpa, que balançou as redes 7 vezes e contribuiu com dois passes, não tem prazo para retornar aos gramados depois de sofrer uma lesão na panturrilha contra o San Lorenzo, pela Libertadores.
Zé Rafael substituiu Goulart no jogo contra o Fortaleza, pelo Brasileirão, após a lesão sofrida pelo camisa 11 e, naquele mesmo jogo, fez dois gols. Contra Internacional e San Lorenzo, no entanto, não conseguiu ser decisivo na fase ofensiva. Para o duelo contra o Atlético-MG, domingo (12), pela quarta rodada do Brasileirão, Zé Rafael é dúvida por causa de problemas no ombro. Mas a tendência é que siga como titular enquanto Goulart estiver no departamento médico.
A questão agora é ver quem vai substituir Scarpa. Raphael Veiga e Lucas Lima são os nomes mais prováveis para ocupar a vaga centralizada no meio. Moisés também tem boas chances de ser escalado. Tanto no Brasileirão, onde atualmente ocupa a vice-liderança, quanto na Libertadores, onde terminou a fase de grupos com a melhor campanha, a equipe de Felipão é extremamente direta ao ponto: possui o melhor ataque das competições (13 gols na Libertadores, considerando apenas a fase de grupos, e 6 no Brasileirão), mas é das equipes que menos tocam na bola (na competição continental é a quarta que menos trocou passes, e na Série A é quem menos fez isso dentre os 20 times).
Com Felipão, o que importa é o resultado. A questão é ver como isso vai ficar sem os dois melhores jogadores palmeirenses da temporada.