Lucas Pratto chegou ao River Plate com a responsabilidade de ser a contratação mais cara da história do futebol argentino, com os 'Millonarios' honrando o apelido para desembolsarem 11,5 milhões de dólares [cerca de 44,4 milhões de reais] para tirar o centroavante do São Paulo.
O início, entretanto, não tem sido à altura das gigantes expectativas: em nove jogos disputados, fez apenas um gol e viu o time enfrentar um período de resultados ruins, mas após três vitórias seguidas – incluindo uma sobre o Boca Juniors – o Urso garantiu que ainda tem muito futebol para entregar em seu novo clube.
Nesta entrevista exclusiva, Pratto fala da responsabilidade, readaptação ao futebol local após um período de lesão no Brasil e garante que não há grandes favoritos para o título da Libertadores da América 2018.
Momento atual do time
"Cheguei agora, fazem dois meses. Os outros que façam esse balanço. Por enquanto estou em um momento de readaptação, que acho ter ficado mais difícil por causa dos resultados complicados que tivemos no início".
"Agora, depois do clássico que ganhamos, individualmente todos estiveram melhor. Eu vinha de um período parado desde o Campeonato Brasileiro por causa de lesão, não jogava desde o final de novembro, e cheguei ao River com toda essa questão midiática, do preço da contratação. Então, com essas idas e vindas, voltar a competir já de cara foi difícil. Pouco a pouco, e principalmente nesta semana, consegui ficar bem fisicamente".
Fica chateado quando falam do seu peso?
"Se eu me preocupasse com isso, estaria comendo legumes. Mas eu não faço isso, sigo comendo como sempre. Não me irrito com nada. Caio na gargalhada com alguns memes, o meu irmão me manda e a gente se mija de rir juntos. Depende de como você encara tudo, se a crítica for futebolística eu aceito. Se for com mal intencionada, não dou bola".
Dificuldades para sair nas noites de Buenos Aires
"Se eu tiver folga no dia seguinte, vou sair... mas algumas vezes as pessoas não entendem. Os meus amigos me dizem que eu posso ‘ ter um dia para faze isso’. E, claro, eu posso fazer, mas não quero ir a um bar e saber que vou precisar ficar olhando para todos os lados para não ser agarrado, e aparecer em uma foto tomando uma cerveja. Nós somos pessoas, e eu também gosto de tomar a minha cerveja, o meu vinho, e eu vou fazer isso. Mas só quando der e tiver tempo. Eu também tenho que respeitar o clube que me contratou, e hoje eu represento um dos maiores clubes da América do Sul e tenho que me cuidar por isso".
Qual autocrítica faria?
"Que eu preciso melhorar individualmente, é normal, mas com o time melhorando vai dar para encontrar não somente um Pratto, mas uma equipe diferente, e vou ter mais possibilidades de encontrar o meu melhor nível".