Premier League Brasil: O que aconteceu, Leicester?

Após uma campanha de poucos erros na temporada passada, o Leicester City não conseguiu dar continuidade ao seu chamado “conto de fadas” na Premier League, pelo menos não até o momento. Seja pelas perdas no elenco ou pela prioridade dada a disputa da inédita Champions League (na qual tem feito uma campanha espetacular, já garantido a classificação para próxima fase a uma rodada do fim da fase de grupos), os Foxes amargam hoje apenas a 14ª posição na tabela do Campeonato Inglês e se encontram a dois pontos do início da zona de rebaixamento (e a 16 do líder da competição, o Chelsea).

É óbvio e natural que se espere alguma coisa da equipe que atualmente detém o título do campeonato. E como não poderia ser diferente, é claro que isso também se aplica a equipe de Claudio Ranieri, ainda mais pela mesma ter sido a grande surpresa (e sensação) da competição no ano anterior. E como todos sabemos, não é fácil lidar com essa tensão toda. Como manter um bom psicológico quando o grupo ali disponível não é o mesmo e existe todo esse peso nas costas dele?

Além disso, a equipe de Ranieri perdeu uma das mais fundamentais peças do time em 2015/16: N’Golo Kanté.  O volante, que decidiu abandonar a equipe do interior e seguir rumo à capital inglesa, foi peça fundamental para o título dos Foxes e uma das maiores (se não a maior) e mais sentidas perdas do grupo. Sem o francês, o Leicester viu sua defesa ficar desorganizada e tomar 20 gols em 12 partidas da Premier League (para referência: quando foi campeão, o Leicester tomou 36 gols nas 38 rodadas).

Outro fator que costumava a ser decisivo para o Leicester em 2015/16, o ataque também não tem rendido como antes. Se antes a linha ofensiva era temida e tinha o vice-artilheiro da competição, hoje em dia a situação não é a mesma. Há 14 jogos sem marcar, Jamie Vardy, que havia feito 24 gols na última temporada, tem apresentado um futebol apático e conta apenas com dois gols marcados até o momento, sendo essa a pior “seca” do atacante nos três últimos anos.

Se ano passado o Leicester era o time a ser batido, agora são os Foxes que devem correr atrás de seus adversários. E o que não falta é chão pela frente para tentar a recuperação no campeonato.