Não é segredo para ninguém que o futebol brasileiro revelou grandes estrelas em escala internacional. Porém, algumas dessas “jóias nacionais” construíram maior reconhecimento ao ponto de serem considerados ídolos por torcedores de outros países.
O tempo longe do Brasil e os títulos conquistado com times de outros continentes levam a um debate sobre a falta de identificação dos atletas com a terra natal ao partirem para atuar em outro país. Diego Costa, jogador do Atlético de Madrid é um perfeito exemplo do jogador brasileiro que “trocou” o país de origem pelo o que “acolheu” ao longo da carreira profissional. Brasileiro de origem, o atacante que nasceu em Sergipe, optou por defender a seleção da Espanha e em 2013 se naturalizou espanhol.
Ainda assim, outros craques nacionais ganharam espaço no futebol internacional de forma diferente. Juninho Pernambucano, ex-jogador e ídolo do Lyon, da França, é considerado pela maioria da torcida como o maior jogador da história do clube. Juninho defendeu as cores do clube entre as temporadas de 2001 a 2009 e ao lado de outros compatriotas elevou o patamar da equipe no cenário europeu.
O Lyon, vale lembrar, já foi à casa de craques brasileiros que deixaram o nome na história do clube, exatamente, na “década de ouro” da equipe. Juninho Pernambucano, Caçapa, Cris, Fred e Michel Bastos são alguns dos nomes que conseguiram fazer do Lyon de “apenas” um time francês para um tradicional clube europeu.
August 16, 2019
Como forma de agradecimento, a torcida francesa homenageou o brasileiro na última sexta-feira (17), antes da goleada por 6 a 0 contra o Angers. Um mosaico ao ex-jogador foi erguido na entrada dos clubes em campo, no Estádio Parc Olympique Lyonnais.
Outros casos similares ao de Juninho como o de Kaká no Milan e Élber no Bayern de Munique, reforçam a ideia na qual alguns brasileiros podem ser considerados mais ídolos em outros países do que no Brasil.
KAKÁ
Em 2003, após ter sido revelado nas categorias de base do São Paulo, Kaká atuou apenas dois anos com o time principal do Tricolor antes de se transferir ao recém campeão europeu, o Milan. A equipe italiana que já contava com outros atletas nacionais como Dida, Cafu, Roque Júnior, Serginho, Rivaldo e Leonardo, se tornaria o principal clube na carreira de Kaká ao lado do Real Madrid.
Kaká chegou a retornar ao Milan, em 2013-14, mas acabou se transferindo ao Orlando City, dos Estados Unidos, logo depois. Com o Milan, Kaká conquistou a Serie A em 2003-04, a Supercopa da Itália em 2004, a Champions League de 2006-07, uma UEFA Super Cup em 2007 e o Mundial Interclubes de 2007.
ÉLBER
O jogador viveu o melhor momento da carreira como atleta profissional no Bayern München durante o tempo no qual atuou com o time alemão, entre 1997 e 2003. Com o Bayern Giovane Élber marcou 140 gols em 266 partidas, tornando assim, o maior artilheiro estrangeiro do time.
A artilharia não foi o único marco deixado pelo brasileiro na equipe alemã: Élber venceu quatro Bundesliga - 1999/00, 2000/01, 2001/02, 2003/04 -, quatro Copas da Liga Alemã, uma Champions League, em 2001, e uma Copa Intercontinental no mesmo ano.