Muito se fala que é necessário ter paciência e calma quando tratamos da transição de jogadores da base para os profissionais. Atletas sendo gradualmente aproveitados até que estejam integrados às necessidades e ao esquema tático utilizado pelo treinador. No São Paulo, porém, não é tão comum que essa transição de Cotia para a Barra Funda seja realizada com tanta paciência.
Antony, por exemplo, mal chegou e viu do banco de reservas a eliminação do clube na pré-Libertadores, em 2019. Pouco tempo depois, já era titular contra Palmeiras e Corinthians na reta final do Paulistão. Igor Gomes, então, marcou duas vezes em seu segundo jogo como titular para salvar o clube de vexame contra o Ituano nas quartas de final. Já Welington, dois anos depois, estreou como titular contra o Flamengo, no último jogo do Brasileirão, em partida que determinaria se o Tricolor iria ou não jogar a pré-Libertadores em 2021 e fez jogo seguro pelo lado esquerdo.
Atletas que já demonstraram personalidade em suas primeiras atuações pelo São Paulo. Mas Marquinhos, talvez, tenha se superado. Afinal de contas, decidir a classificação do clube nas oitavas de final da Libertadores contra o Racing, em pleno El Cilindro, marcando um gol e dando uma assistência no palco histórico de Avellaneda, com 18 anos, não é para qualquer um.
O jovem de 18 anos, porém, talvez tenha tido uma vantagem: sabe o que é representar o Tricolor desde pequeno.