Rafinha perdeu o seu espaço no time principal do Barcelona.
O meia, filho do tetracampeão Mazinho e irmão de Thiago Alcântara, do Bayern, sempre mostrou habilidade com a bola nos pés – o que lhe rendeu um lugar na Seleção medalha de ouro nas Olimpíadas, e convocações para o time principal do Brasil. Mas teve duas pedras no caminho para se estabilizar entre os titulares.
A competição por uma vaga no time titular [“É muita gente de peso”, chegou a afirmar Mazinho] e as lesões atrapalharam a vida do jovem de 24 anos. Sem ter conseguido entrar em campo nesta temporada, na qual se recuperou do problema no joelho, Rafinha oscilou entre o gramado e o banco na última. Mesmo assim demonstrou sua habilidade como meio-campista até a questão física lhe tirar de cena.
No Campeonato Espanhol 2016-17, por exemplo, embora tenha tido menos oportunidades do que Sergi Roberto, André Gomes, Ivan Rakitic e Arda Turan, por exemplo, Rafinha teve o melhor aproveitamento em passes certos [92.6%] dentre todos os meio-campistas blaugranas.
Também demonstrou a sua boa chegada ao ataque [com 6 gols, menos apenas em relação a Rakitic, com 8] e um satisfatório desempenho sem a bola, com 75% de sucesso nos desarmes.
Rafinha atua bem centralizado, mas também pelo lado direito
A opção pela Internazionale, que terá a obrigação de contratá-lo em definitivo, por € 35 milhões [R$ 135 milhões] caso se classifique para a próxima Champions League, é uma última cartada para as suas aspirações de estar na lista para a Copa do Mundo. E embora possa não encontrar muitas facilidades na equipe italiana, atual quarta colocada e que voltou a brigar na parte de cima da tabela, o jogador busca a chance de se afirmar como grande meio-campista.
Gabigol, a última decepção brasileira na Inter
O histórico recente de brasileiros na Internazionale não é dos mais animadores, com expectativas frustradas depositadas em nomes como Gabigol, Felipe Melo, Coutinho [vendido cedo demais] e Hernanes. Mas a última leva de brasucas que tiveram sucesso no lado azul e preto de Milão entrou para a história. Com Maicon, Lúcio, Júlio César, Maxwell e Adriano os Nerazzurri viveram os melhores anos recentes antes de caírem no ostracismo dentro do país onde são e sempre serão gigantes.
Se deseja provar o seu valor, Rafinha escolheu o destino ideal para mostrar o seu futebol de bons passes e chegadas ofensivas: um clube gigante, que assim como ele próprio busca mostrar ao mundo quem verdadeiramente é.