"Bem recentemente pensei em deixar tudo por problemas pessoais e profissionais. Pensei em desistir, deixar o futebol, porque não precisava passar por alguns problemas mentais ou por dificuldades e agressões por parte da mídia ou dos torcedores", revelou Raphinha, o ponta do FC Barcelona em uma coletiva de imprensa.
Raphinha falou com os jornalistas em Orlando, nos Estados Unidos, onde está concentrado com a Seleção Brasileira para a Copa América, que começa no próximo dia 20.
O ex-jogador do Leeds United disse ter superado essas dificuldades graças a "uma força maior", seu filho.
"Imaginar que um dia meu filho possa me ver como uma inspiração no futebol, não sendo o melhor do mundo, mas sim como uma referência, isso vale muito", explicou.
Ele destacou ainda que poder ver seu filho crescer e que ele o veja jogar e "defender grandes clubes", o estimulou definitivamente a "não deixar o futebol".
Outro dos motivos que o levou a continuar foi a possibilidade de "ganhar títulos" com a camisa do Brasil, que buscará sua décima Copa América a partir do dia 24, quando estreará contra a Costa Rica, no Grupo D, que conta ainda com Colômbia e Paraguai.
Raphinha comprou barcos para combater as enchentes
O atacante do Barça também confessou que, junto com sua esposa, comprou "alguns barcos" e "enviou ajuda financeira" para auxiliar as pessoas que estavam resgatando as vítimas das enchentes, que em maio devastaram sua terra natal, o Rio Grande do Sul.
"É impossível não se comover com o que está acontecendo lá. É uma tragédia que acabou devastando quase todo um estado", lamentou.
As enchentes inundaram total ou parcialmente cidades inteiras no sul do Brasil, deixando até o momento um saldo de 177 mortos, 39 desaparecidos e 2,4 milhões de afetados.
Raphinha afirmou que não disse nada até agora, porque não gosta de divulgar esse tipo de assunto nas redes sociais.
"Prefiro ajudar sem mostrar", sentenciou.
Ele também mencionou que dentro da Seleção Brasileira estão conversando "para ajudar de alguma forma" a causa.
"Estou fazendo todo o possível", assegurou.