Real Madrid reencontrar momentos de crise com Lopetegui

A derrota do Real Madrid por 1 a 0 para o Alavés, em jogo válido pela oitava rodada da liga espanhola, já marcou a maior crise vivida pelo clube merengue desde quando Rafael Benítez foi demitido, em janeiro de 2016, abrindo espaço para a chegada de Zinedine Zidane e o período mais glorioso para os merengues desde a década de 1950.

O incrível é que Benítez teve a sua demissão decretada após empate por 2 a 2 com o Valencia, pela liga espanhola, e em 25 jogos oficiais foi derrotado apenas três vezes. Em 11 compromissos oficiais, Lopetegui já soma quatro revezes - tem 45% de aproveitamento em vitórias contra 68% de Benítez no momento de sua demissão.

A saída de Cristiano Ronaldo, que transferiu-se para a Juventus, deixaria uma lacuna evidente em qualquer equipe do mundo e faz a torcida merengue protestar por grandes contratações no ataque. Em campo, o ataque poderia fazer mais, especialmente Bale e Benzema nestes últimos duelos, mas o peso dos resultados recai sob os ombros do técnico Julen Lopetegui, que terá duas semanas para repensar o que está dando errado na parte ofensiva.

Em 116 anos de história, o Real Madrid passou quatro jogos oficiais em branco somente três vezes: 1982, 1985 e agora em 2018. E as marcas ruins se acumularam para aumentar as críticas sobre o basco. Desde maio de 1994, em uma das passagens de Vicente Del Bosque no Bernabéu o clube de Chamartín não sofria quatro derrotas em seus 11 primeiros duelos. Nos bastidores, o recado é de confiança no trabalho de Lopetegui – até mesmo pelas circunstâncias de sua contratação, envolvendo enorme crise com a seleção espanhola às vésperas de Copa do Mundo.

Lopetegui não é o único culpado pela fase ruim do Real Madrid, que vive transição mas poderia fazer melhor, e terá agora duas semanas pela frente para fazer ajustes que precisarão ser vitais para o futuro do clube e de seu próprio trabalho.