Treinador e um dos grandes ídolos do Grêmio, Renato Gaúcho revelou que “é questão de tempo” até Everton Cebolinha sair do clube. Campeão da Libertadores 2017, o técnico montou um elenco competitivo e chegou a dizer que a equipe tinha o melhor futebol do Brasil. Mas agora, com a possível saída de Everton quais serão os planos para o futuro?
Em entrevista ao GloboEsporte.com Renato ressaltou que chegou a negociar com Keno e Thiago Neves, porém, sem sucesso. O comandante que já busca um substituto para Cebolinha comentou que ainda não tem um nome definido.
“Achar é difícil. Se achar, os caras não querem vender. Ou querem vender e querem um absurdo. E cadê os caras? (Keno e Thiago Neves) Foram dois jogadores que briguei muito. Não conseguimos. Ninguém sabe disso. Mas eram dois que iam nos ajudar bastante. Com a saída ou não de um Everton, um Luan, ou os dois. Aí agora me perguntam: "quem?". Eu pergunto também. Me dá uma sugestão”.
Na época, o “poder financeiro”, segundo Renato, teria impedido fechar contrato com Keno e Thiago Neves. Entretanto, o treinador se questionou e alfinetou a diretoria gaúcha: “Mas agora a gente está tendo problema com saída do Everton. E agora? Quem? Nomes eu tinha dado”.
Cogitado no Arsenal, Everton seria uma opção mais barata e factível ao time inglês. Renato Gaúcho não esconde a preocupação com as atuações do elenco após a eminente saído do atacante, um dos principais nesta temporada e destaque da Copa América durante o título do Brasil
“Tem que colocar peças de reposição. A diretoria quer me dar os reforços. Mas trazer um jogador num nível baixo não adianta. A gente está perdendo o Everton, nem sei se vai perder ou não... Tem grandes chances. Tem que vir um. Cara que poderia nos ajudar, nessas semelhanças, seria o Keno”, explicou.
No próximo sábado (20), Renato completará 300 jogos no comando do Grêmio ao “entrar em campo” para encarar o Internacional na 11ª rodada do Brasileirão. O treinador faz parte do cinco técnicos que mais ficaram à frente do time gremista, com 298 partidas. Nesta quarta-feira (17), logo mais, Portaluppi encara o Bahia nas quartas de final da Copa do Brasil no jogo de número 299.
Questionado a respeito da marca histórica disse: “São 300 jogos, não é para qualquer treinador. É uma grande marca. O importante são as conquistas. Basicamente, seis títulos. Mas o que aconteceu nesses 300 jogos? O que foi feito no clube além dos títulos? Pô, revelamos vários jogadores. O Grêmio vendeu vários jogadores. Estamos sempre com um grupo forte. O trabalho nesse tempo foi importantíssimo. Principalmente nesses três anos que vai completar em setembro”.
O ranking dos treinador que mais treinaram o Grêmio é composto por Oswaldo Rolla, o “Foguinho” com 378 partidas; Felipão com 371; Telêmaco com 334; Carlos Froner com 320 e, por fim, Renato Portaluppi com 298 jogos.