Brasil soma um ponto sem brilho contra o Equador na estreia de Ancelotti

Com o empate, o Equador permanece na segunda colocação, agora com 24 pontos, enquanto o Brasil ocupa provisoriamente o quarto lugar, com 22 pontos.
Apesar do 0 a 0, a Tri segue sendo uma das seleções mais consistentes das Eliminatórias, com oito rodadas seguidas sem perder – sua última derrota foi na sétima rodada, justamente para o Brasil, há 272 dias, na estreia do técnico argentino Sebastián Beccacece.
Ancelotti teve de começar sua trajetória num dos palcos mais difíceis da América do Sul, mas a equipe voltou a apresentar um jogo previsível e fácil de ser neutralizado, o que permitiu ao Equador, mais uma vez, não sofrer gols. A Tri tem agora apenas cinco gols sofridos em 15 partidas nas Eliminatórias.
O ex-treinador do Real Madrid manteve a base que vinha jogando com a Verde-amarela, com a principal novidade sendo a entrada do jovem Estêvão no lugar do suspenso Raphinha, além do retorno de Casemiro e Richarlison ao time titular.
A Canarinho começou melhor, com domínio da partida, mas foi perdendo o controle aos poucos, até que no segundo tempo cedeu a iniciativa ao Equador, que mais uma vez mostrou forte dependência do veterano Enner Valencia, seu capitão e maior artilheiro de sua história.
As defesas prevaleceram, em um duelo com apenas duas chances claras de gol para o Brasil.
A primeira veio no primeiro tempo, com um chute de Vinícius Júnior dentro da área, e a segunda no segundo tempo, com um disparo de Casemiro. Ambas foram defendidas pelo goleiro estreante Gonzalo Valle, que assumiu a meta após Hernán Galíndez se lesionar no aquecimento.
Do outro lado, Alisson também salvou o Brasil, desviando um cruzamento perigoso quando Joel Ordóñez estava livre na segunda trave, após uma cobrança diagonal de falta de Pervis Estupiñán.
Apesar de não ter criado chances claras, o Equador manteve o ritmo mesmo jogando no nível do mar, no Estádio Monumental de Guayaquil, em vez de atuar na habitual altitude de Quito (2.850 metros acima do nível do mar).
Sem a posse de bola, o Brasil se defendeu com organização, tentando explorar a velocidade de Richarlison pela direita, apoiado por Estêvão e Vinícius Júnior pela esquerda, que foi o mais ativo e perigoso do time.
No segundo tempo, ambas as seleções buscaram mais jogadas individuais e triangulações curtas.
Richarlison teve uma ótima chance após jogada brilhante de Vinícius, que se livrou de Ordóñez e deu o passe para o centroavante, que acabou desperdiçando a finalização.
Nos 30 minutos finais, o Equador assumiu mais riscos, pressionou mais e isso forçou o Brasil a reforçar a defesa.
O Equador tentará garantir a classificação para a Copa de 2026 na próxima terça-feira, fora de casa contra o Peru, enquanto o Brasil receberá o Paraguai.