O Botafogo conseguiu escapar do rebaixamento, em 2019, mesmo com 21 derrotas – número recorde para uma equipe que conseguiu evitar o descenso. Mas o ano nem terminou e a torcida alvinegra tem motivos para se preocupar com 2020.
Em entrevista concedida à Rádio Brasil na última terça-feira (11), Carlos Augusto Montenegro, um dos nomes mais influentes nos bastidores do Glorioso, disse que o Botafogo está “na UTI” e que os torcedores terão que “rezar pela sobrevivência”.
Montenegro também revelou que mudanças acontecerão no elenco. Além de não aproveitar a enorme maioria dos jogadores em fim de contrato, a já combalida folha salarial do clube vai diminuir de cerca de R$ 3 milhões para R$ 1 milhão na próxima temporada.
Para efeito de comparação, em 2019 o atacante Gabigol, do rival Flamengo, recebeu vencimentos de R$ 1,3 milhão por mês – e busca manter os mesmos valores na negociação para aceitar a oferta definitiva do clube carioca.
Ou seja: um Gabigol vale mais do que todo o elenco de jogadores que o Botafogo busca montar para a próxima temporada.
Em Teresópolis para o curso de treinadores da CBF, o técnico alvinegro Alberto Valentim reconheceu que 2020 será mais um ano de dificuldades para o Botafogo – que chegou a animar os torcedores com a provável transformação do futebol em empresa.
“Não podemos fugir da realidade. A gente sabe da realidade financeira de alguns clubes, e o Botafogo está entre os que vivem grandes dificuldades. Tem uma expectativa de melhorar se tornando empresa. Vamos procurar contratações pontuais, fazer um Botafogo forte, lembrando que não será fácil pelas dificuldades financeiras”, afirmou Valentim em entrevista ao GloboEsporte.com.
Vale ressaltar que, além de provavelmente perder o zagueiro Gabriel, grande destaque do time em 2019 que voltará para o Atlético-MG após o período de empréstimo, o Botafogo também perdeu o gerente de futebol Anderson Barros, que irá para o Palmeiras.